Preços dos suínos se mantêm fracos durante o mês de setembro

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     Porto Alegre, 30 de setembro de 2022 – O mercado de suínos se manteve fraco durante todo o mês de setembro. Os frigoríficos atuaram de maneira retraída nas tratativas no mês, avaliando o escoamento da carne no atacado e o quadro de excedente de oferta presente no mercado.

     Segundo o Analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, vale destacar que os abates avançaram com força a partir do início de agosto e desde então os preços estão patinando no país, mesmo com o forte ritmo da exportação. “Outro ponto importante é que as proteínas concorrentes, como os cortes de frango e de bovinos, também apresentam um quadro difícil em relação a preços neste final de mês, o que acaba impactando negativamente o suíno”, afirma.

     O mercado de suínos aguarda por uma reposição entre atacado e varejo um pouco mais fluída na primeira quinzena de outubro devido entrada da massa salarial na economia, contudo, a disponibilidade doméstica de carne suína precisa encolher para que os preços consigam apresentar recuperação consistente. A preocupação dos suinocultores é crescente, uma vez que o custo de produção permanece firme no Centro-Sul do país, pressionando as margens da atividade.

Preços

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 2,76% no mês, passando de R$ 6,02 para R$ 5,86. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado diminuiu de R$ 10,11 para R$ 9,77, retração de 3,39%. A carcaça teve baixa de 5,51% no mês, passando de R$ 9,65 para R$ 9,12.

     A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo diminuiu de R$ 130,00 para R$ 123,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30. No interior do estado a cotação se manteve em R$ 6,05.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,40. No interior catarinense, a cotação caiu de R$ 6,10 para R$ 6,00. No Paraná o quilo vivo recuou de R$ 6,15 para R$ 6,10 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,15.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande diminuiu de R$ 6,00 para R$ 5,75, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,30. Em Goiânia, o preço baixou de R$ 6,50 para R$ 6,00. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno recuou de R$ 7,00 para R$ 6,40. No mercado independente o preço caiu R$ 7,00 para R$ 6,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis diminuiu de R$ 5,95 para R$ 5,70. Já na integração do estado o quilo vivo continuou em R$ 5,30.

Exportações

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 192,667 milhões em setembro (16 dias úteis), com média diária de US$ 12,041 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 78,394 mil toneladas, com média diária de 4,899 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.457,70.

     Em relação a setembro de 2021, houve alta de 4,5% no valor médio diário, ganho de 1,1% na quantidade média diária e avanço de 3,3% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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