Porto Alegre, 30 de setembro de 2022 – A desvalorização nas bolsas internacionais e o ritmo mais lento da indústria doméstica derrubaram os preços do algodão nesta semana. Como consequência, o movimento no mercado interno foi mais devagar e a comercialização pontual, segundo informações da Consultoria SAFRAS & Mercado.
O mês também foi bastante negativo na Bolsa de Nova York para a pluma, com quedas acumuladas se aproximando de 25% para a posição dezembro/22. Tal movimento também contaminou a pluma no âmbito interno, com retração em torno de 15% em setembro.
Nesta quinta-feira (29), a indicação média da fibra colocada no polo industrial paulista ficou em R$ 5,68/libra-peso, correspondendo a uma queda de 4,54% em relação à quinta-feira da semana anterior, quando era cotada a R$ 5,95/libra-peso. Comparado ao mesmo momento no mês passado, a indicação era R$ 6,65/libra-peso (-14,59%). Em relação ao mesmo momento do ano passado (R$ 5,32/libra-peso), os ganhos acumulados são de 6,77%.
No mercado disponível, o algodão FOB exportação do porto de Santos/SP era cotado, no dia 22, em torno de 115,76 centavos por libra-peso. E nesta quinta-feira era indicada 105,09 centavos por libra-peso, queda de 9,22%. A pluma brasileira contra o contrato dezembro/22 na ICE US terminou o dia com um valor 20,64% superior. Há uma semana era 19,9% mais alto e há um mês era 15,60% superior.
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) divulgou a revisão da colheita da safra 2021/2022. As previsões de 2,6 milhões de toneladas estimadas em junho oscilaram para baixo, ficando em 2,5 milhões. O movimento é atribuído aos problemas climáticos que atingiram as regiões produtoras de maneira diferenciada, com chuvas excessivas ou seca.
A projeção inicial era de 2,8 milhões de toneladas para a safra 2021/2022. Apesar da revisão, o volume de pluma colheita 2021/2022 é maior do que as 2,36 milhões colhidas na safra passada.
Já para a safra 2022/2023, que começou globalmente, em agosto, mas no Brasil começa a ser plantada em novembro, no entanto, os prognósticos são de produção de 3,1 milhões de toneladas, uma variação de 27% ante os atuais 2,5 milhões. As projeções levam em conta os cálculos estimados pela nove estaduais associadas à Abrapa, em setembro de 2022. A área plantada é projetada em 1,78 milhão de hectares, um crescimento de 9,3% com relação à safra 21/22 (1,63 milhão de hectare).
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Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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