Mercado brasileiro de milho deve ter melhora nos negócios voltados à exportação

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Porto Alegre, 15 de setembro de 2022 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de melhora nos ritmos nos negócios, especialmente na exportação, influenciado pela alta do dólar frente ao real e pela recuperação nos preços internacionais. A Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em alta, avaliando o desempenho das vendas líquidas semanais norte-americanas de milho.

O mercado brasileiro de milho repercutiu a queda na Bolsa de Mercadorias de Chicago, o que contribuiu para reduzir o fluxo de negócios na exportação. Segundo analista de SAFRAS & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a paridade de exportação segue como um grande formador de preços, com o milho brasileiro amplamente demandado no cenário internacional ao longo do segundo semestre.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 88,00 (compra) a R$ 92,00 (venda) a saca (CIF) para setembro. Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 88,00/92,00 a saca para setembro.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 82,50/85,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 82,00/84,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 86,00/87, a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 93,00/95,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 77,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 77,00/R$ 80,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 73,00/80,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em dezembro de 2022 operam com alta de 2,50 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,36% cotada a US$ 6,84 3/4 por bushel.

* O mercado sobe influenciado pelo relatório de vendas semanais líquidas dos Estados Unidos divulgado pelo USDA. Além disso, desde cedo o mercado tenta o movimento de recuperação frente as perdas de ontem, porém com ganhos limitados devido às perdas do petróleo.

* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2022/23, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 583.100 toneladas na semana encerrada em 8 de setembro. O México liderou as compras com 283.800 toneladas.

* Os analistas esperavam exportações entre 330 mil e 900 mil toneladas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

* Ontem (14), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 6,82 1/4 por bushel, perda de 10,50 centavos de dólar, ou 1,51%, em relação ao fechamento anterior. A posição março fechou a sessão a US$ 6,87 1/4 por bushel, baixa de 10,00 centavos, ou 1,43% em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,73% a R$ 5,2170. O Dollar Index registra queda de 0,10%, a 109,55 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -1,16; Tóquio, +0,21%.

* As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Londres, +0,25%. Paris -0,90% e Frankfurt, -0,32%.

* O petróleo opera em queda. Outubro do WTI em NY: US$ 86,91 o barril (-1,77%).

AGENDA

– Esmagamento de soja dos Estados Unidos em agosto – NOPA, 13h.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Estoques de café dos Estados Unidos em agosto – GCA, 16h.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (16/09)

– China: A produção industrial de agosto será publicada na noite anterior pelo departamento de Estatísticas

– Eurozona:O índice de preços ao consumidor de agosto será publicado às 6h pela Eurostat.

– A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga, às 8h, o IGP-10 referente a setembro.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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