Com lento avanço da demanda interna por arroz, foco permanece nas exportações

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     Porto Alegre, 9 de setembro de 2022 – O mercado brasileiro de arroz encerra a semana com preços praticamente estáveis. Na média do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), a saca de 50 quilos do cereal em casca encerrou cotada a R$ 76,58 nesta quinta-feira (8), um recuo de 0,06% em relação a semana passada, 1,52% mais baixo frente ao mesmo período do mês anterior e 0,68% superior quando comparado ao mesmo período do ano de 2021.

     Segundo o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, o cereal permanece com pouco giro e o foco dos agentes se mantém nas novas vendas externas. “A moeda norte-americana continua flutuando ao redor dos R$ 5,20 e novos negócios para exportação seguem sendo reportados”, destaca. “Rumores apontam pelo menos 130 mil sacas negociadas na região de Uruguaiana na faixa de R$ 75,00 por saca livre ao produtor”, acrescenta.

     No âmbito interno, se prolonga a busca das indústrias por novos espaços no varejo, ao passo que a compra de matéria prima continua em segundo plano e a comercialização permanece arrastada no país.

     O décimo segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2021/22 de arroz indica produção de 10,781 milhões de toneladas, o que representa um decréscimo de 8,4% sobre as 11,766 milhões de toneladas de 2020/21. No levantamento anterior, foram 10,783 milhões de toneladas.

     A área plantada com arroz na temporada 2021/22 foi estimada em 1,618 milhão de hectares, ante 1,679 milhão semeados na safra 2020/21. A produtividade das lavouras foi estimada em 6.663 quilos por hectare, inferior em 4,9% aos 7.007 quilos por hectare na temporada passada.

     O Rio Grande do Sul, principal Estado produtor, deve ter uma safra de 7,654 milhões de toneladas, equivalendo a um recuo de 7,5%. A área prevista é de 957,4 mil hectares, ante 946 mil em 2020/21, com rendimento esperado de 7.995 quilos por hectare, ante 8.750 quilos da anterior.

     Em Santa Catarina, a produção deverá totalizar 1,178 milhão de toneladas, ante 1,254 milhão na safra 2020/21. O estado é o segundo maior produtor do país. Para o Mato Grosso, a Conab está estimando uma safra de 332,1 mil toneladas, ante 422 mil toneladas calculadas para 2020/21.

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     Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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