Semana é marcada por pouca movimentação de preços no mercado suíno

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     Porto Alegre, 9 de setembro de 2022 – O mercado brasileiro de suínos teve uma semana marcada por pouca movimentação de preços, em meio a um ambiente de negócios acirrado, com frigoríficos ainda cautelosos nas tratativas de compra dos animais, aguardando um melhor fluxo do escoamento da carne no atacado.

     Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o preço da carcaça e dos principais cortes ainda patinam. A expectativa é que o consumo ganhe algum fôlego no curto prazo por conta da entrada da massa salarial na economia. “O quadro de momento segue impondo dificuldade para os suinocultores, derrubando o poder de barganha, mesmo com a sinalização de que a oferta de animais não mostra sinais de grande excedente. A preocupação permanece elevada, principalmente entre os independentes, uma vez que o custo de produção também está pressionando as margens da atividade”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país avançou 0,35% na semana, passando de R$ 6,02 para R$ 6,04. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado recuou 0,42%, de R$ 10,11 para R$ 10,07. A carcaça teve alta de 0,06% na semana, passando de R$ 9,65 para R$ 9,66.

     A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 130,00 para R$ 132,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30. No interior do estado a cotação se manteve em R$ 6,05.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,40. No interior catarinense, a cotação subiu de R$ 6,10 para R$ 6,20. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 6,15 para R$ 6,20 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,15.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande mudou de R$ 6,00 para R$ 5,95, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,30. Em Goiânia, o preço continuou em R$ 6,50. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno permaneceu em R$ 7,00. No mercado independente o preço avançou de R$ 7,00 para R$ 7,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis seguiu em R$ 5,95. Já na integração do estado o quilo vivo continuou em R$ 5,30.

     As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram em agosto 116,3 mil toneladas, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). É o maior volume já exportado pela suinocultura brasileira em um único mês, e supera em 27,7% o resultado alcançado em 2021, com 91 mil toneladas. Em receita, as exportações de agosto alcançaram US$ 269 milhões, número 28,7% superior ao registrado no oitavo mês de 2021, com US$ 209 milhões.

     No acumulado de 2022 (janeiro a agosto), as vendas internacionais de carne suína totalizaram 722,8 mil toneladas, volume 4,5% menor que o registrado no ano passado, com 756,5 mil toneladas. A receita acumulada neste ano alcançou US$ 1,607 bilhão, resultado 11% menor do que o alcançado em 2021, com US$ 1,805 bilhão.

     No levantamento por país, a China, principal destino das exportações do setor, importaram 49,2 mil toneladas em agosto, volume 16% superior ao registrado no mesmo período de 2021. Também foram destaques os embarques para Filipinas, com 11,5 mil toneladas (+381%), Vietnam, com 6,3 mil toneladas (+48%), Chile, com 6 mil toneladas (+6%) e Tailândia, com 4,8 mil toneladas (+8376%).

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Revisão: Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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