Mercado de frango tem estabilidade, mas setor aposta em recuperação nos preços

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O mercado brasileiro de frango teve uma semana de preços estáveis, tanto para o quilo vivo pago ao produtor quanto para os cortes congelados e resfriados negociados no atacado e na distribuição. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir pela alta dos preços no curto prazo, avaliando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição ao longo da cadeia produtiva.

Porto outro lado, o analisa ressalta que os custos de nutrição animal permanecem acentuados mesmo com a entrada da safrinha de milho no mercado brasileiro, da mesma maneira que a atual cotação dos preços do farelo de soja também são um problema, espremendo a margem operacional da avicultura.

Como ponto positivo, Iglesias destaca que as exportações permanecem em excelente nível, com o Brasil caminhando para um recorde histórico, tanto em preços, quanto em receita.

Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram em agosto 437,8 mil toneladas, volume que supera em 15,3% o total exportado no mesmo mês de 2021, com 379,8 mil toneladas.

A receita obtida pelas exportações no oitavo mês de 2022 alcançou US$ 922,1 milhões, número que é recorde histórico nas exportações do setor e que supera em 36,1% o total realizado em 2021, com US$ 677,3 milhões.

No acumulado do ano (janeiro a agosto), as exportações de carne de frango do Brasil totalizaram 3,266 milhões de toneladas, volume 7,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 3,048 milhões de toneladas. Em receita, a alta das exportações chega a 33,7%, com US$ 6,542 bilhões em 2022, contra US$ 4,893 bilhões nos oito primeiros meses de 2021.

De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango se mantiveram inalterados ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ 10,40, o quilo da coxa em R$ 7,30 e o quilo da asa em R$ 10,55. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 10,60, o quilo da coxa em R$ 7,50 e o quilo da asa em R$ 10,75.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana também foi de estabilidade nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 10,50, o quilo da coxa em R$ 7,40 e o quilo da asa em R$ 10,65. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 10,70, o quilo da coxa em R$ 7,60 e o quilo da asa em R$ 10,85.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 6,60. Em São Paulo o quilo se manteve em R$ 5,80.

Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 5,00. No oeste do Paraná o preço continuou em R$ 5,60. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,70.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 6,35. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 6,45. No Distrito Federal o quilo vivo se manteve em R$ 6,40.

Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 6,00. No Ceará a cotação do quilo prosseguiu em R$ 5,90 e, no Pará, o quilo vivo se manteve em R$ 6,20.

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Pedro Diniz Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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