Área da safra 2022/23 de milho em Mato Grosso deve crescer 1,8% e ocupar 7,28 milhões de hectares, diz Imea

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Porto Alegre, 6 de setembro de 2022 – O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) realizou a 1a estimativa da safra 2022/23 de milho em Mato Grosso, que trouxe as perspectivas iniciais para a área semeada, produtividade e produção para o próximo ciclo, conforme vem sendo relatado pelos informantes do instituto.

Com relação à área, o Instituto estima um incremento de 1,80% para a próxima safra de milho em relação à 2021/22, totalizando 7,28 milhões de hectares. Assim como na safra atual, os altos patamares de preços que estão sendo práticos no mercado estão influenciando a decisão do produtor em aumentar a sua área. Por outro lado, os altos custos de produção e incertezas climáticas, ainda estão gerando cautela quanto a definição da área plantada para a próxima safra.

No que tange a produtividade, a primeira estimativa indica 104,33 sacas por hectare na média do estado, baseada na média das últimas safras. Assim, é importante citar que a evolução da semeadura e da colheita da soja, que influenciam diretamente no período do plantio das culturas de 2a safra, bem como, as condições climáticas para o próximo ano, são fatores que ainda estão em aberto e serão fundamentais para a definição dos rendimentos do cereal para o próximo ciclo.

Assim, com a previsão de incremento na área e produtividade para a próxima safra, é estimado um aumento da produção em 3,89% em relação à safra 2021/22, totalizando 45,54 milhões de toneladas.

Safra 2021/22

Na 12a estimativa da safra 2021/22 de milho em Mato Grosso, o Imea divulgou os dados consolidados de área, produtividade e consequentemente de produção, trazendo como destaque um reajuste positivo para a área consolidada via georreferenciamento. Sendo assim, após análises via georreferenciamento das áreas, está foi consolidada em 7,15 milhões de hectares (ha), incremento de 11,82% em relação à última estimativa de ago.22 e 22,36% maior que a safra 20/21 no estado (5,84 milhões de ha).

Assim como foi visto na safra de soja, o reajuste positivo foi pautado pela conjuntura dos altos patamares de preços que o milho vem registrando desde a safra passada, o que incentivou o produtor a aumentar a sua área. Além disso, outro fator que colaborou para essa expansão, foi o adiantamento no período da semeadura, dado a antecipação recorde da colheita da soja.

No que tange a produtividade, com a finalização da colheita do milho no estado durante a segunda quinzena de agosto/22, o Instituto mensurou os impactos do corte das chuvas sobre as áreas que foram semeadas fora da janela ideal em cada região. Desse modo, a produtividade foi consolidada em 102,23 sacas por hectare na média do estado. Analisando regionalmente, a escassez hídrica em grande parte do estado nos meses de abril/22 e maio/22, prejudicaram o rendimento de todas as regiões frente ao que se era esperado inicialmente, principalmente para as regiões centro-sul (92,26 sc/ha), sudeste (97,79 sc/ha), e oeste (98,37 sc/ha), sendo as mais prejudicadas pelo corte de chuvas.

Por outro lado, a região médio-norte, conseguiu manter o maior rendimento dentre as demais, em 108,47 sc/ha, visto que, aproximadamente 95% das áreas dessa região foram semeadas na janela ideal de plantio, e alguns municípios receberam volumes de chuvas bem distribuídos no período de desenvolvimento das lavouras. Por fim, com os reajustes na área e produtividade, a produção do cereal para a safra 21/22 ficou consolidada em 43,84 milhões de toneladas, 34,62% a mais que na safra passada. As informações partem da assessoria de imprensa do Imea.

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Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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