Agosto não foi positivo aos preços do arroz, mas dólar pode animar exportações

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     Porto Alegre, 2 de setembro de 2022 – O mês de agosto não foi positivo aos preços. A média da saca de 50 quilos do arroz em casca do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, valia R$ 76,62 no dia 1o de setembro, o que representa uma queda de 1,49% em 30 dias. O volume de negócios também foi reduzido, o que explica a fraqueza nas cotações. “Porém, o dólar ganhou força nesta semana, subindo por três sessões seguidas, podendo estimular as exportações e gerando suporte ao preço”, destaca o e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.

Enfileirando o terceiro pregão consecutivo de ganhos nesta quinta-feira (1), sendo dois deles acima de 1%, a moeda norte-americana esboçou uma reversão de tendência e se estabeleceu no patamar de R$ 5,20. “Tal reação na moeda norte-americana já foi sentida pelo mercado, com rumores de uma nova carga sendo fechada com aproximadamente 29 mil toneladas de arroz quebrado com destino ao Senegal e embarque programado para a segunda quinzena deste mês”, relata o analista. “Em busca de maior giro e do enxugamento da oferta interna do cereal, o foco dos agentes permanece em novas vendas externas”, explica.

Saiba mais na Entrevista com o Analista

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Emater/RS, em Esteio, durante a Expointer, a safra de arroz do Rio Grande do Sul deverá chegar a 7,094 milhões de toneladas, com uma queda de 7,9% frente às 7,708 milhões de toneladas colhidas na safra 2021/22.

Conforme o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, o arroz deve ter uma redução de área de 9,9%, passando de 957,185 mil hectares na safra 2021/22 para 862,498 mil hectares em 2022/23, segundo estimativa inicial do Instituto Riograndense do Arroz – Irga.

A produtividade média esperada para a safra de arroz gaúcha em 2022/23 é de 8.226 quilos por hectare, ou 1,10% menor do que a obtida na safra anterior, que foi de 8.315 quilos por hectare. A pesquisa da Emater abrangeu 132 municípios, o que corresponde a 99,9% da área total cultivada no estado.

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     Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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