Porto Alegre, 19 de agosto de 2022 – Os preços da soja recuaram nas principais praças do Brasil ao longo da semana, período marcado por poucos negócios. A queda nos contratos futuros em Chicago, reflexo do clima favorável às lavouras americanas, afastou os vendedores e tornou a comercialização arrastada.
A saca da soja recuou de R$ 186,50 para R$ 183,50 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), os preços baixaram de R$ 187,50 para R$ 180,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 173,00 para R$ 171,00.
No Porto de Paranaguá, a saca passou de R$ 194,00 para R$ 189,50. Os prêmios de exportação seguiram em patamares firmes, mesmo com a fraca atividade registrada nos portos.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros apresentaram desvalorização de 3,37% até o fechamento da sessão da quinta, encerrando a US$ 14,05 ¼ por bushel. Mesmo com bons sinais de demanda pelo produto americano, a previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas pressionou as cotações.
O dólar comercial compensou em parte o peso de Chicago no mercado interno. A semana foi de elevação na moeda-americana, que encerrou a quinta na casa de R$ 5,171, com alta acumulada de 1,9%. As incertezas quanto ao desempenho da economia global seguem impulsionando o dólar, porto seguro em meio ao aumento da aversão ao risco.
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USDA
Os estoques finais estão projetados em 245 milhões de bushels ou 6,67 milhões de toneladas. Em julho, o número era de 230 milhões de bushels ou 6,26 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 227 milhões ou 6,18 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,245 bilhões de bushels e exportação de 2,155 bilhões. No mês passado, a previsão era de 2,245 bilhões e de 2,135 bilhões, respectivamente.
Em relação à temporada 2021/22, o Departamento indicou produção de 4,435 bilhões de bushels, ou 120,7 milhões de toneladas. Os estoques foram indicados em 225 milhões de bushels ou 6,12 milhões de toneladas. No mês passado, o número foi de 215 milhões ou 5,85 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 228 milhões ou 6,2 milhões.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 392,8 milhões de toneladas. Em julho, a projeção era de 391,4 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 101,41 milhões de toneladas, contra 99,61 milhões de toneladas de julho. O mercado esperava por estoques finais de 99,2 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 123,6 milhões de toneladas, contra 122,6 milhões em julho. A safra brasileira foi indicada em 149 milhões e a argentina em 51 milhões de toneladas, sem alterações. A China deverá importar 98 milhões de toneladas, sem mudança na previsão.
Em relação à temporada 2021/22, a produção global está estimada em 352,74 milhões de toneladas, com estoques finais de 89,73 milhões. O mercado projetava carryover de 88,9 milhões de toneladas.
A estimativa para a safra brasileira foi mantida em 126 milhões e a previsão para a Argentina permaneceu em 44 milhões. O número para a importação chinesa ficou em 90 milhões de toneladas, repetindo julho.
Mais detalhes sobre o relatório do USDA, você acompanha no programa Pós USDA, da SAFRASTV:
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