Porto Alegre, 12 de agosto de 2022 – O mercado brasileiro de milho voltou a apresentar um ritmo calmo na comercialização nesta semana. Com a oferta melhor controlada, as cotações se sustentaram e até avançaram em parte das principais regiões produtoras. O período de maior pressão com entrada da safrinha passou e os vendedores dosam a oferta, o que garante suporte aos preços. No geral, não houve grandes modificações nos valores do cereal.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado doméstico esteve na expectativa do relatório de oferta e demanda de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado no começo da tarde desta sexta-feira.
Para o relatório, analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 14,383 bilhões de bushels de milho em 2022/23 nos Estados Unidos, ficando abaixo dos 14,505 bilhões de bushels indicados em julho e aquém dos 15,115 bilhões de bushels registrados na safra 2021/22. A produtividade média deverá atingir 175,8 bushels por acre, menor frente ao rendimento indicado em julho e na safra 2021/22, de 177 bushels por acre.
Os estoques finais de passagem da safra 2022/23 norte-americanos devem ser indicados em 1,383 bilhão de bushels, ante os 1,470 bilhão de bushels indicados no mês passado. Para a safra 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser elevados de 1,510 bilhão de bushels para 1,518 bilhão de bushels.
Para a safra global 2022/23, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 309,8 milhões de toneladas, contra os 312,9 milhões de toneladas indicados em julho. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2021/22 sejam apontados em 313,3 milhões de toneladas, acima das 312,3 milhões de toneladas indicadas no mês passado.
No mercado brasileiro, no balanço dos últimos sete dias (entre 04 e 11 de agosto), o milho em Campinas/CIF na venda recuou de R$ 86,00 para R$ 85,50 a saca. Na região Mogiana paulista, o cereal na venda se manteve em R$ 82,00.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço subiu de R$ 84,00 para R$ 85,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação passou de R$ 78,00 para R$ 80,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor seguiu em R$ 95,00 a saca.
Em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação passou de R$ 78,00 para R$ 80,00 a saca. Em Rio Verde, Goiás, o mercado avançou de R$ 75,00 para R$ 77,00.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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