Porto Alegre, 29 de julho de 2022 – Os preços internacionais do açúcar caíram em julho, estendendo as perdas de junho. Os contratos com entrega em outubro de 2022 do açúcar bruto negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão do dia 28 de julho a 17,72 centavos de dólar por libra-peso, ante 18,50 centavos em 30 de junho, queda de 4,2%.
As cotações recuaram e chegaram a atingir mínimas de um ano, quando a posição outubro bateu em 17,35 centavos, nível mais baixo desde julho do ano passado. O Brasil deve produzir mais açúcar do que o inicialmente previsto nesta temporada porque a queda nos preços dos combustíveis no país está tornando o açúcar muito mais atrativo que o etanol para as usinas.
Assim, o mercado futuro cai diante da percepção cada vez mais clara de que a próxima temporada terá um excedente de oferta de açúcar. Ao mesmo tempo, as perspectivas cada vez melhores para as safras das principais origens asiáticas (Índia e Tailândia) reforçam a ideia de que o mercado global de açúcar enfrentará mesmo um superávit de oferta.
Produção de açúcar e etanol do Centro-Sul do Brasil
A produção de açúcar na primeira quinzena de julho totalizou 2,98 milhões de toneladas (-0,12%), segundo relatório da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA). No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 12,66 milhões de toneladas, frente às 15,32 milhões de toneladas do ciclo anterior (-17,38%).
Nos primeiros quinze dias de julho, 2,23 bilhões de litros (+2,23%) de etanol foram fabricados. Do volume total produzido, o hidratado alcançou 1,28 bilhão de litros (-0,66%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 946,24 milhões de litros (+6,44%). No acumulado do atual ciclo agrícola, a fabricação de álcool atingiu 11,25 bilhões de litros (-5,44%), dos quais 7,08 bilhões consistem em etanol hidratado (-6,63%) e 4,17 bilhões em anidro (-3,34%).
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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