Porto Alegre, 17 de junho de 2022 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana com poucos negócios. A alta do dólar frente ao real, por outro lado, pode contribuir para uma mudança nos preços do cereal nos portos. Segue a expectativa dos consumidores em relação à entrada da oferta de safrinha no mercado. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago estende o movimento positivo da última sessão.
O mercado brasileiro de milho registrou preços pouco alterados ao produtor nesta quarta-feira, com quedas nos portos. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado esteve lento no dia, sem muitas novidades. A expectativa está voltada para a colheita da safrinha.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 95,00 (compra) a R$ 98,00 (venda) a saca (CIF) para junho. Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 95,00/98,00 a saca para junho.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 86,00/90,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 87,00/90,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 89,00/92,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 92,00/94,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 80,00/82,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 79,00/R$ 82,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 74,00/78,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em julho de 2022 operam com ganho de 10,00 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 1,26%, cotada a US$ 7,98 1/4 por bushel.
* O mercado estende os fortes ganhos de ontem, sustentado pela previsão de tempo quente e seco em partes do cinturão produtor norte-americano, segundo a Agência Reuters.
* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2021/22, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 140.900 toneladas na semana encerrada em 9 de junho – menor patamar da temporada. Representa um avanço de 50% frente à semana anterior e uma baixa de 45% sobre a média das últimas quatro semanas. O México liderou as compras, com 124.500 toneladas.
* Para a temporada 2022/23, foram mais 138.900 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 275 mil e 800 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
* Ontem (15), os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 7,74 por bushel, ganho de 5,75 centavos de dólar, ou 0,74%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 2,12% a R$ 5,1360. O Dollar Index registra alta de 0,96% a 104,62 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,96%; Tóquio, -1,77%.
* As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Londres, +1,09%; Paris, +0,98% e Frankfurt, +1,12%.
* O petróleo opera em baixa. Julho do WTI em NY: US$ 116,92 o barril (-0,56%).
AGENDA
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.
– EUA: Os dados sobre a produção industrial em maio serão publicados às10h15 pelo Federal Reserve.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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