Porto Alegre, 9 de junho de 2022 – O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,47% em maio na comparação com abril, desacelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+1,06%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, de +0,61%, conforme o Termômetro CMA. Com isso, o IPCA acumula alta de 11,73% em 12 meses, também abaixo das estimativas, de +11,89%, ainda segundo o Termômetro CMA.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. A maior variação veio do grupo Vestuário, com alta de 2,11% e 0,09 p.p. de contribuição. Já o maior impacto (0,30 p.p.) veio dos Transportes (1,34%), que desaceleraram em relação ao mês anterior (1,91%). Alimentos e bebidas também desaceleraram, registrando 0,48% em maio, frente à alta de 2,06% em abril. O único grupo a apresentar queda foi Habitação (-1,70%), contribuindo com um impacto de -0,26 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,04% de Educação e o 1,01% de Saúde e cuidados pessoais.
A desaceleração do grupo Alimentação e bebidas (0,48%) deve-se à alimentação no domicílio, que passou de 2,59% em abril para 0,43% em maio. Verificou-se queda nos preços de alguns itens que haviam pressionado o índice no mês anterior, como tomate (-23,72%) e batata-inglesa (-3,94%). Houve recuo também nos preços da cenoura (-24,07%), embora a variação acumulada desse alimento em 12 meses ainda seja de 116,37%. O maior impacto positivo dentro do grupo (0,04 p.p.) veio do leite longa vida (4,65%), que já acumula 28,03% de variação no ano. Cabe mencionar ainda a alta de 21,36% nos preços da cebola, maior variação positiva do IPCA no mês de maio. As informações são do IBGE.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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