Preços do boi caem com maior oferta e escalas alongadas

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    Porto Alegre, 08 de abril de 2022 – O mercado físico de boi gordo teve uma semana marcada por preços mais baixos na maioria das regiões produtoras. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios aponta que o movimento de queda nos preços terá continuidade no curto prazo, uma vez que os frigoríficos ainda desfrutam de uma posição de enorme conforto em suas escalas de abate, que hoje atendem entre sete e oito dias úteis em média.

  “Esse movimento é natural dado o aumento da oferta de animais terminados no mercado doméstico. A oferta seguirá em boa proporção durante o segundo trimestre, período pautado pelo ápice da safra do boi gordo. Somado a isso, precisa ser mencionado o recente processo de valorização do real que proporcionou alterações no padrão de compra adotado pelos frigoríficos exportadores. Com a exportação menos atraente foi iniciado um movimento mais contundente de pressão”, disse ele.

    Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 07 de abril:

* São Paulo (Capital) – R$ 325,00 a arroba, na comparação com R$ 340,00 a arroba no dia 31 de março, queda de 4,41%.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 320,00 a arroba, estáveis.

* Goiânia (Goiás) – R$ 300,00 a arroba, ante R$ 310,00, caindo 3,23%.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 300,00 a arroba, inalterados.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 307,00 a arroba, contra R$ 310,00 (-0,97%).

Atacado

    Já no atacado, os preços da carne bovina subiram. Segundo Iglesias, o movimento já era aguardado, dada a boa reposição entre atacado e varejo no decorrer da primeira quinzena de abril, período que conta com maior apelo ao consumo.

    “Além disso, o feriado de Páscoa na próxima semana é um importante motivador do consumo. No entanto, a preferência de importante parcela da população ainda recai sobre a carne de frango, algo compreensível em um ambiente pautado pelo lento crescimento econômico”, ponderou.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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