Soja fecha em baixa em Chicago por correção e queda do petróleo

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     Porto Alegre, 5 de abril de 2022 – Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos. Após dois dias de alta, o mercado corrigiu tecnicamente. A forte queda do petróleo contribuiu para as quedas.

     Ainda assimilando os dados de intenção de plantio nos Estados Unidos, o mercado já se prepara para o relatório de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta.

     O Departamento deve reduzir as suas estimativas para os estoques de passagem de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Os estoques globais e as estimativas de safra da América do Sul também deverão ser cortados. O relatório de abril do Departamento será divulgado na sexta, 8, às 13hs.

     Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques dos Estados Unidos de 254 milhões de bushels, contra 285 milhões de bushels indicados no relatório de março.

     Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 88,4 milhões de toneladas, contra 90 milhões estimados em março.

     A previsão para a safra do Brasil deverá ser reduzida de 127 milhões para 125 milhões de toneladas. Para a Argentina, o Departamento deverá cortar sua estimativa de 43,5 milhões para 42,6 milhões de toneladas.

     Amanhã, o USDA divulga os dados sobre os embarques semanais americanos. A previsão é de vendas entre 600 mil e 1,45 milhão de toneladas. Hoje, os exportadores privados anunciaram a venda de 132 mil toneladas para a China.  

     Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 11,50 centavos de dólar por bushel ou 0,7% a US$ 16,19 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 16,03 1/2 por bushel, com perda de 10,50 centavos ou 0,65%.

     Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixar de US$ 4,10 ou 0,88% a US$ 461,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 71,83 centavos de dólar, com perda de 0,58 centavo ou 0,8%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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