Futuros do petróleo caem 9% com ameaça à demanda e novas fontes de oferta

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    Porto Alegre, 28 de março de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em quedas de 9%, já que as preocupações com novos bloqueios na China pesaram sobre a expectativa da demanda. Novas fontes de oferta também afetam os preços.

   A China é o maior importador de petróleo do mundo, portanto, qualquer desaceleração na demanda pesará sobre os preços. O país usa cerca de 15 milhões de barris por dia (bpd) e importou 10,3 milhões de bpd em 2021.

   Enquanto isso, outra rodada de negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia está prevista para esta semana. O mercado de petróleo tem sido marcado por maior volatilidade desde a invasão russa em seu país vizinho no final de fevereiro. Os preços subiram acima de US$ 100 por barril no dia da invasão e continuaram subindo.

   Mas os preços não permaneceram lá por muito tempo e, em 14 de março, o WTI foi negociado abaixo de US$ 100. A ação volátil reflete, em parte, as muitas incógnitas em torno do futuro do petróleo da Rússia.

   A Agência Internacional de Energia alertou que três milhões de barris por dia da produção de petróleo russa estão em risco em abril, quando as sanções ocidentais devem de fato fazer efeito.

   “O mercado deve cair ainda mais porque os preços estavam realmente muito altos. Isso pode ser uma preparação para um novo período de fortes altas, como também pode ser reforçado pela introdução de novas fontes de oferta, como o Irã e a Venezuela”, afirma o analista da FX Empire, Christopher Lewis.

   De acordo com ele, a autorização dada para a Chevron para operar na Venezuela fez impacto nos traders, que preveem uma forte alta na oferta com isso. “A questão agora é se o petróleo russo pode ou não ser substituída pelo iraniano e venezuelano”, conclui.

   O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para abril caiu 9,04%, cotado a US$ 105,96 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para maio regrediu 8,95%, cotado a US$ 112,48 o barril.

    As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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