Banco Central do Reino Unido aumenta taxa de juros para 0,75%

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     Porto Alegre, 17 de março 2022 – O Banco da Inglaterra (BoE) divulgou hoje sua decisão de política monetária e aumentou a taxa de juros para 0,75%, contra os atuais 0,5%, no intuito de apoiar a volta da inflação à meta de 2%. Mas os membros do banco preveem uma inflação ainda maior, de 8%, até o final do ano.

     “A projeção de superação da inflação em relação à meta de 2% reflete cada vez mais os preços globais da energia, com alguma contribuição adicional dos preços dos bens comercializáveis”, diz a ata da reunião. Na reunião dos membros, oito deles decidiram votar pelo aumento da taxa, e um, para manter a 0,5%.

     “Com base na atual avaliação da situação econômica, o BoE avalia que um novo aperto modesto na política monetária pode ser apropriado nos próximos meses, mas há riscos, dependendo de como evoluem as perspectivas de médio prazo para a inflação”, continua.

     A decisão do BoE foi tomada antes da invasão da Ucrânia pela Rússia. Na ocasião, esperava-se que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fosse mais modesto ao longo do ano, devido ao aumento dos preços globais da energia e dos bens em geral.

     Mas a invasão da Ucrânia mudou os planos e o cenário. “Em relação à inflação, a invasão da Ucrânia pela Rússia levou a grandes aumentos nos preços da energia e de outras commodities, incluindo os preços dos alimentos. Também é provável que exacerbe as interrupções na cadeia de suprimentos global e aumentou significativamente a incerteza em torno das perspectivas econômicas”.

     O BoE sabe que a meta de inflação deve ser seguida, mas sabe também que ela pode se afastar da meta por conta dos acontecimentos mundiais. “A economia foi recentemente sujeita a uma sucessão de choques muito grandes. A invasão da Ucrânia pela Rússia é outro choque desse tipo”.

     Por conta da atual conjuntura, o BoE disse que continuará revisando os dados atuais e as implicações a médio prazo, “incluindo as implicações econômicas de eventos geopolíticos recentes, como parte de sua próxima rodada de previsões antes do Relatório de Política Monetária de maio de 2022”, conclui. As informações são da Agência CMA.

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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