Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2022 – O dólar comercial fechou em queda de 0,70%, cotado a R$ 5,1050. A moeda brasileira foi novamente beneficiada pelo forte fluxo estrangeiro na bolsa, além da diminuição da tensão na Ucrânia e consequente diminuição da aversão global ao risco.
Segundo a equipe da Ouro Preto Investimentos, “o fluxo continua sendo o principal fator. Por mais riscos que o Brasil apresente, ele vem se mostrando uma boa opção ante a China e, principalmente, à Rússia no mercado de commodities”.
A situação geopolítica, porém, ainda requer cuidados: “A Ucrânia continua com incertezas, por mais que possa haver conversas durante a semana”, alerta a Ouro Preto.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “o movimento do real ainda é de correção. No fundamento técnico, o valor gira em torno de R$ 5,00, com alguns modelos indicando até R$ 4,90”.
Os problemas fiscais, contudo, ainda preocupam: “O governo tentar controlar os preços dos combustíveis não significa que a inflação vai ficar sob controle”, explica Serrano.
De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “os mercados ensaiam uma recuperação após (o presidente dos Estados Unidos, Joe) Biden e (o presidente russo, Vladimir) Putin aceitarem encontro de (presidente da França, Emmanuel) Macron para discutir a situação na Ucrânia”.
Este clima de menor aversão ao risco também é influenciado pelas commodities: “O dólar deve ter nova sessão em queda, seguindo dinâmica no exterior”, projeta Borsoi.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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