Clima seco na América do Sul e demanda nos EUA impulsionam soja Chicago, em semana de USDA

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     Porto Alegre, 7 de fevereiro de 2022 – Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em forte alta. O persistente clima seco na América do Sul e a boa demanda pelo produto americano sustentaram as cotações, com os agentes já buscando um melhor posicionamento frente ao relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

     O clima deverá continuar seco no sul do Brasil, no Paraguai, na Argentina e no Uruguai nessa e na próxima semana. Com isso, crescem as preocupações com o potencial produtivo da safra sul-americana.

     Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 507.000 toneladas de soja em grão para destinos não revelados. Do total, 249 mil toneladas serão entregues na temporada 2021/22 e 258 mil toneladas na temporada 2022/23.

     O Departamento deve reduzir a sua estimativa para os estoques finais de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Além disso, as previsões de safra do Brasil e da Argentina também deverão ser revisadas para baixo. O relatório de fevereiro do Departamento será divulgado na quarta, 9, às 14hs.

     Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques de 314 milhões de bushels em 2021/22. Em janeiro, a previsão ficou em 350 milhões de bushels. No ano passado, a estoques foram de 257 milhões.

     Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 91,3 milhões de toneladas, contra 99,9 milhões estimados em janeiro.

     Para o Brasil, o USDA deve indicar safra de 133 milhões de toneladas para 2021/22, bem abaixo dos 139 milhões previstos em janeiro. A produção argentina deverá ser indicada em 44,2 milhões, acima dos 46,5 milhões indicados no relatório de janeiro.

     As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.217.991 toneladas na semana encerrada no dia 3 de fevereiro, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. O mercado esperava o número em 1,425 milhão de toneladas.

     Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 28,85 centavos de dólar por bushel ou 1,81% a US$ 15,81 3/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 15,86 1/4 por bushel, com ganho de 28,75 centavos ou 1,84%.

     Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 8,90 ou 2% a US$ 452,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 65,34 centavos de dólar, com baixa de 0,02 centavo ou 0,03%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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