Porto Alegre, 4 de fevereiro de 2022 – Os preços no mercado suíno mostraram leve reação em alguns estados ao longo da primeira semana de fevereiro para o quilo vivo. Nos cortes suínos, as cotações seguiram fragilizadas. “Apesar da reação parcial, os preços estão bastante deprimidos e sequer cobrem os custos de produção em grande parte do Centro-Sul do país, o que traz grande apreensão entre os suinocultores, principalmente dos independentes”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.
O ambiente de negócios segue truncado, com frigoríficos cautelosos nas tratativas, aguardando um melhor escoamento da carne e avaliando o quadro de oferta, tanto dos cortes no atacado como do vivo. A oferta continua elevada nos dois casos. “Por outro lado, a entrada de salários na economia e o alto preço da carne bovina na ponta final são pontos que podem ajudar a melhorar a demanda para os cortes suínos no curto prazo”, avalia.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país avançou 0,13% na semana, passando de R$ 4,78 para R$ 4,79. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado recuou 0,60% no mês, de R$ 9,46 para R$ 9,40. A carcaça atingiu um valor médio de R$ 7,31, baixa de 1,43% frente ao registrado na última semana de dezembro, de R$ 7,41.
Para Maia, a exportação brasileira de carne suína tende a seguir sentido o efeito de uma China menos atuante nos próximos meses, considerando que os preços da cadeia naquele país estão com tendência de queda, sinalizando um bom abastecimento local.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 150,304 milhões em janeiro (21 dias úteis), com média diária de US$ 7,157 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 67,793 mil toneladas, com média diária de 3,228 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.217,10.
Em relação a janeiro de 2021, houve alta de 4,32% no valor médio diário da exportação, avanço de 15,71% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 9,84% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 94,00 para R$ 96,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo recuou de R$ 5,40 para R$ 5,20. No interior do estado a cotação subiu de R$ 4,40 para R$ 4,45.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração caiu de R$ 5,40 para R$ 5,20. No interior catarinense, a cotação passou de R$ 4,30 para R$ 4,45. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 4,40 para R$ 4,35 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo baixou de R$ 5,40 para R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande continuou em R$ 4,30, enquanto na integração o preço mudou de R$ 5,30 para R$ 5,10. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 4,70 para R$ 4,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno mudou de R$ 5,00 para R$ 5,30. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 5,10 para R$ 5,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis retrocedeu de R$ 4,30 para R$ 4,20. Já na integração do estado o quilo vivo recuou de R$ 5,30 para R$ 5,10.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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