Porto Alegre, 21 de janeiro de 2022 – A sexta-feira deverá ser marcada por instabilidades na região central do Brasil, com possibilidade de pancadas de chuvas no Sudeste, no Centro-Oeste, bem como em áreas do Paraná, Santa Catarina e do Paraguai, de acordo com informações da Rural Clima.
O agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos, destaca que uma frente fira está se formando entre o Uruguai e a Argentina e trazendo chuvas sobre as áreas produtoras argentinas entre hoje a amanhã. “No domingo (23), esse sistema avança para a Região Sul do Brasil e pode trazer chuvas até segunda-feira ao extremo sul do Paraguai, leste de Santa Catarina e extremo sudeste do Paraná”, comenta.
Ainda no domingo (23) e, também, na segunda-feira (24), a instabilidade deve atuar sobre a região central do Brasil, trazendo chuvas para áreas de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Piauí, Maranhão e Pará, que poderão ser mais demoradas.
No dia 25, a instabilidade pode trazer chuvas para o sul de Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina, devido ao fato do Oceano Atlântico ter apresentado elevação das temperaturas na altura das regiões Sul e Sudeste. “Isso poderá contribuir para a ocorrência de chuvas mais generalizadas em todo o Brasil entre os dias 27 e 28”, pontua.
Para o final de janeiro, Santos alerta que há uma possibilidade de que o corredor de umidade volte a atuar sobre a faixa central do Brasil, provocando uma invernada, com chuvas mais intermitentes. “Essas precipitações podem vir a atrapalhar a colheita de soja”, alerta.
Na primeira semana de fevereiro, há risco de ocorrência de chuvas generalizadas no Sul do Brasil e também na parte central do Brasil. “A partir do dia 5 do próximo mês, pode ocorrer uma invernada nos estados de Rondônia, Mato Grosso, norte de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Tocantins, Maranhão e Pará, atingindo assim toda a metade norte do Brasil e trazendo problemas sérios tanto para a colheita da soja quanto para o cultivo da safrinha de milho. Não se descartam dificuldades também para a realização de tratos culturais nas lavouras de café e de cana-de-açúcar”, conclui.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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