Porto Alegre, 07 de janeiro de 2022 – O mercado internacional de açúcar iniciou 2022 com um cenário baixista. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), as cotações cederam bastante refletindo um quadro de demanda travada e uma oferta tranquila globalmente. E a tendência é de que o mercado possa recuar ainda mais.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Maurício Muruci, os fundamentos mostram uma safra nova da Ásia ganhando volume a cada quinzena com aumentos na oferta tanto da Índia quanto da Tailândia. Completando o quadro da pressão de baixa dos fundamentos, observa Muruci, há a safra nova do Centro-Sul do Brasil que deve ter novo aumento produtivo na próxima temporada 2022/23.
Ele acredita que a queda aos níveis atuais de 18 cents ainda não terminou. O mercado deve recuar ainda mais, até os 17 cents nos próximos 30 dias, estima o analista. Na Bolsa de Nova York, nesta primeira semana de 2022 até a quinta-feira (06), as cotações caíram no contrato março de 18,88 centavos para 18,19 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 3,65%.
O mercado físico de açúcar no Brasil teve, na primeira semana de janeiro, um período de negociações muito pontuais envolvendo volumes pequenos de venda. As cotações recuaram um pouco com uma procura limitada.
Nesta primeira semana do ano, como destaca o analista de SAFRAS, houve até mesmo uma pequena evolução na comercialização frente ao que fora observado no final de dezembro, onde nem mesmo negociações envolvendo pequenos volumes eram vistas.
A média de preços recuou de R$ 155,00 a saca de 50 kg para cristal 150 Icumsa para R$ 153,00 na região de Ribeirão Preto, trazendo alguns compradores eventuais para o mercado ao longo dos últimos dias. “Mesmo assim, recompostos alguns estoques de curto prazo por parte de algumas indústrias, o mercado voltou a se esvaziar e a operar com preços novamente nominais”, comenta.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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