Porto Alegre, 7 de janeiro de 2022 – O mercado brasileiro de algodão segue com preços elevados, mas ganhou competitividade no cenário exportador. A indicação média no CIF do polo industrial paulista ficou em R$ 6,46 por libra-peso no dia 5 de janeiro. Em relação ao mês e ao ano anterior, apresentava uma alta de 4,19% e de 63,38%, respectivamente.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, ficou a 110,97 centavos de dólar por libra-peso do dia 5. Ante contrato spot (mar/22) negociado na Ice Futures US, a pluma era cotada a um valor -3,3% inferior. O produto nacional na semana anterior estava 0,6% superior.
As exportações brasileiras de algodão bruto somaram 270,636 mil toneladas até a quinta semana de dezembro (23 dias úteis), com média diária de 11,766 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 487,661 milhões, com média diária de US$ 21,202 milhões. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Em relação à igual período do ano anterior, houve recuo de 30,12% no volume diário exportado (16,838 mil toneladas diárias em dezembro de 2020). Já a receita diária teve decréscimo de 17,59% (US$ 25,728 milhões diários em dezembro de 2020).
O plantio da safra 2021/22 de algodão do Brasil avançou para 27,1% da área nos sete principais estados produtores (que representam 98,2% do total), conforme levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados recolhidos até 1 de janeiro. Na semana anterior, a semeadura estava em 21,9%. Em igual período do ano passado, o número era de 27%.
No âmbito internacional, destaque para a semeadura de algodão na Argentina na temporada 2021/2022, que está estimada em 95% até o dia 7 de janeiro, informou o Ministério da Agroindústria da Argentina. Em igual período do ano passado, o plantio estava em 90%. Na semana anterior, o percentual era de 89%. A área para 2021/22 está projetada em 508,385 mil hectares, ante 410,000 hectares na temporada anterior.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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