Preços do boi se acomodam no Brasil com escalas mais longas

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     Porto Alegre, 7 de janeiro de 2022 – O mercado físico do boi gordo registrou preços em acomodação ao longo da semana. Em São Paulo, os frigoríficos estão sinalizando alongamento das escalas de abate, entre cinco e oito dias úteis, e passaram a atuar com menor ímpeto nas negociações do boi gordo, testando o mercado, indicando preços de compra mais baixos, como indica o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia. “Além disso, apesar de discreta, a oferta de animais melhorou no dia”, comenta.

     Em São Paulo, no interior do estado, os preços recuaram de R$ 340/345@ para R$ 340@. No triângulo mineiro negócios em R$ 335/340/@ a prazo. Em Goiânia, cotação estável em R$ 325/@ a prazo.

     No Mato Grosso do Sul, na região de Campo Grande e de Dourados, o boi gordo ficou posicionado em R$ 325/@ a prazo, inalterado. No Mato Grosso, na região de Cuiabá, a arroba foi indicada em R$ 310/@ a prazo, estável. Em Araputanga o preço da arroba foi indicado em R$ 315/@ a prazo, sem mudanças. No Rio Grande do Sul as cotações permaneceram estáveis em R$ 11,10/11,15 o quilo.

     Segundo Maia, o mercado atacadista também registrou acomodação nos valores praticados. “O viés para o curto prazo é negativo, com sinalizações de que o escoamento da carne no mercado doméstico está desacelerando. O consumo historicamente é menor no início do ano, com famílias contando com despesas extras”, destaca. Um alto fluxo de exportações se mostra importante no decorrer das próximas semanas para a manutenção dos preços, conclui.

     O quarto traseiro foi precificado em R$ 25,70, por quilo. O quarto dianteiro foi indicado em R$ 15,90, por quilo. O quilo da ponta de agulha ficou em R$15,50.

     Exportações

     As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 612,246 milhões em dezembro (23 dias úteis), com média diária de US$ 26,619 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 126,915 mil toneladas, com média diária de 5,518 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.824,00.

     Em relação a dezembro de 2020, houve perda de 8,81% no valor médio diário da exportação, queda de 14,82% na quantidade média diária exportada e valorização de 7,05% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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