Em mais uma sessão volátil, NY teve ganhos em parte do dia, mas depois reverteu ao terreno negativo e despencou. O contrato março chegou a ter máxima na alta de 246,90 centavos de dólar por libra-peso, e mínima de 229,65 centavos. Depois recuperou um pouco, mas ainda assim fechou com perdas de mais de 4%.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, depois da volatilidade inicial, o café acompanhou o forte recuo do índice de commodities CRB. “Os mercados globais assimilam os temores com a nova variante do coronavirus (ômicron) e o aumento dos casos na Europa, o que pode levar a novas medidas restritivas. Nesse cenário, os investidores buscam proteção a um efeito negativo sobre o PIB global, o que leva à queda no preço das commodities e na alta do dólar”, comenta.
O dólar subiu contra outras moedas, pressionando as commodities. E ainda o mercado apresentou assim correção técnica e realização de lucros após recentes ganhos. Na semana passada, o contrato março acumulou valorização de 4,1%.
Barabach comenta que, tecnicamente, o mercado perdeu força e se afastou das máximas, com a posição Março/2022 recuando abaixo da linha de 10 períodos na ICE US. O mercado, porém, encontrou suporte acima de 230 cents. “A perda dessa importante linha aproxima o mercado do fundo gráfico em 226,55 cents, o que recolocaria o mercado na trajetória de 220 cents e do fundo gráfico em 218 cents”, adverte. Na parte de cima, o desafio é recuperar o patamar de 240 cents e depois vencer o topo gráfico em 248,20 cents, o que colocaria no para-brisa a referência de 250 cents e ajudaria o mercado a renovar o fôlego de alta”, analisa
Os contratos com entrega em março/2022 fecharam o dia a 233,00 centavos de dólar por libra-peso, queda de 9,95 centavos, ou de 4,1%. A posição maio/2022 fechou a 232,30 centavos, baixa de 9,85 centavos, ou de 4,1%.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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