CNA repudia conduta de entidade norte-americana com relação à carne bovina brasileira

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     Porto Alegre, 19 de novembro de 2021 – Por meio de nota à imprensa, a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil repudiou a conduta da Associação de Produtores de Carne dos Estados Unidos (NCBA), encaminhando ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) um pedido para impedir a entrada da carne brasileira no mercado norte-americano. A CNA fez os seguintes posicionamentos à entidade norte-americana:

– O Brasil nunca teve qualquer caso de forma típica da Encefalopatia Espongiforme Bovina, o mal da vaca louca;

– A legislação brasileira proíbe o uso de qualquer proteína animal para alimentação bovina, única causa de contaminação da doença pelos animais;

– Ao contrário do Brasil, os Estados Unidos apresentaram três casos típicos da doença nos anos de 2003, 2005 e 2012;

– Em relação aos casos atípicos da vaca louca, o Brasil cumpriu todos os trâmites exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE);

– A OIE não notificou o Brasil sobre qualquer ação irregular cometida pelas autoridades sanitárias nacionais;

– O Brasil tem um forte sistema de defesa sanitária, graças ao trabalho do governo brasileiro, em conjunto com os produtores rurais. O trabalho é reconhecido pela própria OIE, que nos últimos anos concedeu ao Brasil o status de zona livre de doenças como a febre aftosa e de risco insignificante para a vaca louca;

– O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, comercializando o produto in natura para mais de 100 países. Esse número reforça a afirmativa de que cumprimos todas as exigências sanitárias firmadas pelos países que importam nosso produto.

     Diante deste contexto, entendemos que, ou a NCBA está desinformada ou adota a postura protecionista com viés econômico e sem nenhum caráter sanitário.

     A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) condena qualquer medida arbitrária que vá contra os pilares do comércio internacional. Assim, repudia a conduta adotada pela entidade americana. As informações partem da assessoria de comunicação da CNA.

     Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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