Porto Alegre, 05 de outubro de 2021 – Apesar de todos os entraves logísticos, com disputa de contêineres e espaço nos navios e com cancelamento de bookings, rolagens de cargas e fretes caros, o Brasil teve um bom fluxo de exportações de café em outubro. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, as exportações brasileiras de café em grão em outubro chegaram a um total de 3.147.383 sacas de 60 quilos no acumulado fechado do mês, com 20 dias úteis computados (média diária de 157.370 sacas), com receita chegando a US$ 557.996.000 (média diária de US$ 27,9 milhões), e preço médio de US$ 177,29 por saca.
A receita média diária obtida com as exportações de café em grão em outubro foi 20,34% maior no comparativo com a média diária de outubro de 2020, que fora de US$ 23,185 milhões. Já o volume médio diário embarcado é 16,21% menor que o de outubro de 2020, que tinha o registro de 187.810 sacas diárias de média. O preço médio, por sua vez, disparou 43,6%.
Certamente o país teria atingido números bem maiores não fossem os entraves logísticos. Porém, foi um fluxo interessante de embarques que pode levar o país a fechar o ano um pouco mais perto da marca de 40 milhões de sacas, somando cafés verdes e industrializados.
OIC
As exportações de café dos países membros e não-membros da Organização Internacional do Café (OIC) totalizaram 10,074 milhões de sacas de 60 quilos em setembro, décimo-segundo e último mês da safra mundial 2020/21, contra 10,591 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2020, (-5%).
As exportações acumuladas da safra 2020/21 somaram 128,930 milhões de sacas, alta de 1,23% em relação a 2019/20, quando foram embarcadas 127,362 milhões de sacas.
Conforme a OIC, o Brasil exportou 3,147 milhões de sacas em setembro, ante 4,232 milhões no mesmo mês de 2020, queda de 25%. No período 2020/21, o maior exportador mundial de café embarcou 43,042 milhões de sacas, ante 41,005 milhões em 2019/20, alta de 5%.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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