Mato Grosso deve ter safra recorde de milho em 2021/22, de 39,58 milhões de toneladas – Imea

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     Porto Alegre, 19 de outubro de 2021 – A terceira estimativa de oferta e demanda de milho em Mato Grosso trouxe atualização na perspectiva para a safra 20/21 e a primeira estimativa para safra 21/22 do cereal. De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), para a temporada 20/21, a produção foi consolidada em 32,56 milhões de toneladas, o que levou a um avanço de 1,73% ante o relatório de julho. No entanto, mesmo com o avanço, a produção ficou 8,14% abaixo da temporada 19/20.

     Do lado da demanda, as projeções de moagem seguem firmes por partes das indústrias de biocombustíveis, além disso, a ampliação da capacidade produtiva de uma das usinas impulsionou ainda mais a perspectiva de consumo do setor. Assim o consumo mato-grossense ficou estimado em 11,59 milhões de toneladas, aumento de 4,67% ante o relatório anterior. Já para a demanda interestadual, não houve alterações, e segue estimado em 3,75 milhões de toneladas. Com relação a exportação, com o reajuste na produção, o número foi reavisado para 17,23 milhões de toneladas contra 17,18 milhões de toneladas do relatório anterior, apresentando um aumento de 0,28% entre as estimativas.

     No que se refere à safra 2021/22, a produção apontada é recorde para série histórica do estado (39,58 milhões de toneladas), pautada pela projeção de aumento na área destinada ao cereal de segunda safra, bem como o progresso satisfatório da semeadura de soja até o momento no estado, que pode colaborar para o cultivo do milho dentro da janela ideal.

     No que tange a demanda, o consumo estadual segue sendo impulsionado pelas indústrias de biocombustíveis, assim, o consumo mato-grossense ficou estimado em 12,07 milhões de toneladas, aumento de 4,12% em relação à safra 20/21. Com relação ao consumo interestadual, a expectativa de maior produção nos demais estados brasileiros para a próxima safra pautaram a redução de 0,80% nos envios interestaduais, que ficou estimado em 3,72 milhões de toneladas.

     Por fim, com a maior produção no estado e a valorização da moeda norte-americana, as exportações ficaram projetadas em 23,78 milhões de toneladas, volume que fica acima do recorde alcançado na safra 19/20. As informações partem do Imea.

     Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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