Porto Alegre, 24 de agosto de 2021 – Os preços dos contratos futuros de petróleo terminaram o dia com mais de 2% de elevação, apoiados em sinais mais animadores de que a demanda global por combustíveis vai sobreviver à disseminação da variante Delta do coronavírus.
Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA, equivalente à Anvisa no Brasil) concedeu ontem aprovação total para a vacina da Pfizer contra a covid-19 para pessoas com mais de 16 anos. A expectativa é de que, com a liberação permanente, mais norte-americanos se encorajem a se imunizar e a Delta seja contida.
“Do lado da demanda de petróleo, há uma melhora, já que a FDA concedeu à Pfizer e à parceira alemã BioNTech a aprovação final de sua vacina contra a covid-19, o que fará com que algumas empresas exijam a imunização”, disse o analista sênior de mercado do The Price Futures Group, Phil Flynn,
Soma-se à aprovação da FDA o aparente sucesso da China – um dos maiores importadores de petróleo do mundo – no combate à propagação da cepa descoberta inicialmente na India, já que o país não apresentou casos de infecções transmitidas localmente nos dados mais recentes.
Flynn lembra que na semana passada o petróleo armazenado em navios havia se acumulado nos principais portos asiáticos, uma vez que uma repressão na China aos processadores privados de petróleo bruto reduziu as compras e interrompeu os fluxos.
Ele cita dados da empresa de inteligência Kpler que indicam que os navios ao largo de Cingapura, Malásia e China tinham cerca de 62 milhões de barris na semana passada, depois de atingir uma alta de quase três meses no início deste mês.
“O fato de a China controlar a covid-19 significa que esses barris não ficarão presos por muito tempo”, afirmou Flynn.
Também apoiou as cotações um incêndio em uma plataforma de petróleo no México, que ocorreu no domingo e tirou de circulação 421 mil barris por dia de produção – cerca de um quarto da produção geral do país.
O preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro avançou 3,30%, cotado a US$ 71,05 o barril.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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