Boa demanda interna e externa sustenta preços do frango no Brasil

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     Porto Alegre, 20 de agosto de 2021 – O mercado brasileiro de frango registrou mais uma semana de preços sustentados, em meio ao cenário de demanda bastante aquecida, tanto no cenário doméstico quanto na exportação.

     O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias ressalta que, para o quilo vivo, os preços tiveram poucas variações na semana, subindo apenas no Paraná. “Houve um menor espaço para reajustes na semana, mas a continuidade do cenário de custos de produção elevados ajudou a manter os preços ao produtor em patamares firmes”, pontua.

     No mercado atacadista, os preços voltaram a subir, em meio à preferência do consumidor médio para a carne de frango frente às demais proteínas. “O movimento de valorização nos preços foi menor nesta semana se comparada às demais, mas tende a ganhar consistência durante a virada do mês, que conta com maior apelo ao consumo”, projeta Iglesias.

     De acordo com levantamento semanal de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 9,50 para R$ 9,70, o quilo da coxa de R$ 8,20 para R$ 8,30 e o quilo da asa de R$ 11,20 para R$ 11,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,75 para R$ 9,90, o quilo da coxa de R$ 8,40 para 8,50 e o quilo da asa de R$ 11,40 para R$ 11,50.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de modificações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 9,60 para R$ 9,80, o quilo da coxa de R$ 8,30 para R$ 8,40 e o quilo da asa de R$ 11,30 para R$ 11,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 9,85 para R$ 10,00, o quilo da coxa de R$ 8,50 para R$ 8,60 e o quilo da asa de R$ 11,50 para R$ 11,60.

     No cenário externo, Iglesias sinaliza que a demanda pela carne brasileira segue bastante efetiva, favorecida pelo cenário de desvalorização do real frente ao dólar, o que garante competitividade ao Brasil.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 306,200 milhões em agosto (10 dias úteis), com média diária de US$ 30,620 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 180,690 mil toneladas, com média diária de 18,069 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.694,60.

     Na comparação com agosto de 2020, houve alta de 41,41% no valor médio diário, ganho de 11,45% na quantidade média diária e avanço de 26,89% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 6,00. Em São Paulo o quilo permaneceu em R$ 6,00.

     Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,25. No oeste do Paraná o preço avançou de R$ 5,65 para R$ 5,70. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,60.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,80. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 5,80. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 6,00.

     Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 6,30. No Ceará a cotação do quilo prosseguiu em R$ 6,30 e, no Pará, o quilo vivo continuou em R$ 6,50.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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