Café avança em NY em sessão volátil, seguindo petróleo, com rolagens marcando

504

     Porto Alegre, 11 de agosto de 2021 – A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços mais altos.

     NY novamente teve altos e baixos, buscando ajustes e direção. Aspectos técnicos determinaram a reação que levou o mercado a fechar no terreno positivo, além da alta do petróleo. Números da Organização Internacional do Café (OIC) apontando aumento do consumo e reduzindo a projeção de superávit global da oferta em 2020/21 contribuíram para os avanços.

     O mercado passa por ajustes diante de rolagens de contratos de setembro para adiante, com a proximidade do período de notificação de entregas do contrato setembro. Dezembro é agora a referência, tendo mais contratos em aberto e negócios no dia. Dezembro subiu e se aproxima da linha de US$ 1,90 a libra.

     A produção global de café no ano-safra 2020/21 (outubro-setembro) deve totalizar 169,604 milhões de sacas de 60 quilos, alta de 0,4% na comparação com 2019/20 (168,942 milhões de sacas), disse a OIC nesta quarta-feira em seu relatório mensal de acompanhamento do mercado. Em julho, a estimativa de produção era de 169,496 milhões de sacas.

     A produção mundial de café arábica deve atingir 99,245 milhões de sacas em 2020/21 (+2,3%), ante as 99,245 milhões de sacas apontadas em julho. Por outro lado, a safra de robusta deve cair 2,1%, totalizando 70,360 milhões de sacas, mesmo número apontado em julho.

     Já o consumo global de café em 2020/21, segundo OIC, atingirá 167,584 milhões de sacas, com alta anual de 1,9% (164,436 milhões de sacas em 2019/20). Em julho, a estimativa para a demanda global de café em 2020/21 era de 167,235 milhões de sacas.

     Com isso, o mercado global de café terá superávit entre a oferta e a demanda na ordem de 2,019 milhões de sacas em 2020/21, após um excedente de 4,506 milhões de sacas observado em 2019/20. Em julho, a OIC estava apontando um excedente de 2,260 milhões de sacas.

     Conforme a OIC, com uma substancial queda na produção esperada para o Brasil e em muitas origens afetadas por choques climáticos em 2021, combinada com um aumento na demanda, o balanço entre a oferta e o consumo deve começar a se reverter de 2021/22 em diante.

     Os contratos com entrega em setembro/2021 fecharam o dia a 183,85 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 1,85 centavo, ou de 1,0%. A posição dezembro/2021 fechou a 187,00 centavos, alta de 1,90 centavo, ou de 1,0%.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2021 – Grupo CMA