Porto Alegre, 09 de julho de 2021 – A colheita de café da safra brasileira 2021/22 está em 54% até o dia 06 de julho. O número faz parte do levantamento semanal de SAFRAS & Mercado para a evolução da colheita da safra. Na semana anterior, a colheita estava em 48%.
Tomando por base a estimativa de SAFRAS para a produção de café do Brasil em 2021/22, de 56,5 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 30,45 milhões de sacas até o dia 06 de julho.
A colheita está um pouco abaixo de igual período do ano passado (56%). Os trabalhos estão atrasados frente à média dos últimos 5 anos, que é de 58%.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os trabalhos entram no automático e a colheita já supera a metade da safra. “Depois de alguma chuva e muito frio, o tempo ficou mais firme. E isso ajudou no andamento da colheita e secagem do café”, comenta.
A colheita de arábica chega a 42% da produção, contra 46% em igual época do ano passado e 50% da média histórica para o período. “Essa parte final da safra chama atenção, pois é quando começa a aparecer mais daquele café que ainda estava em maturação durante a estiagem nos meses de abril e maio. E, assim, podemos ter alguma surpresa. Caso contrário, o perfil é de baixo volume, mas de boa granação e bebida”, descreve o consultor.
No conilon, os trabalhos alcançam 73% da produção, ficando abaixo dos 79% de igual período do ano passado. E também bem aquém dos 84% de média para o período. “A maturação mais lenta retardou o início os trabalhos, justificando essa performance. E seguem relatos de falta de mão de obra. A alta no preço do conilon e o interesse da indústria de torrado/moído elevam os holofotes sobre o andamento da colheita e, principalmente, da disponibilidade física da descrição”, pondera Barabach.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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