Dólar cai pelo terceiro dia, no menor valor desde dezembro, com exterior e local

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    Porto Alegre, 04 de junho de 2021 – O dólar comercial fechou em queda de 0,94% no mercado à vista, cotado a R$ 5,0360 para venda, engatando a terceira queda seguida e renovando o menor valor de fechamento de 2021, acompanhando o otimismo externo e local mais positivo com o mercado reagindo aos números abaixo do esperado da criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos, em maio.

   O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, reforça que com o relatório de empregos norte-americano, o payroll, apontando uma abertura de novas vagas de trabalho menor do que a esperada (559 mil postos de trabalho ante expectativa de abertura de 663 mil vagas) afasta, por enquanto, a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) retirar os estímulos da economia do país.

   “Sentimento que renovou o apetite por risco e deixou o dólar fragilizado”, diz, acrescentando que no mercado local, os novos anúncios de captações corporativas pela CSN, PetroRio e pela Petrobrás corroboraram para a queda da moeda, nos menores níveis desde 11 de dezembro do ano passado, quando encerrou em R$ 5,0470.

   Na semana que vem, a agenda de indicadores econômicos continuará robusta com os dados de inflação no Brasil, nos Estados Unidos e na China no mês passado, além do resultado da balança comercial chinesa. No fim da semana, sai a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

   O analista da Toro Investimentos, Lucas Carvalho, destaca que a agenda de indicadores pode pesar no preço dos ativos, com o mercado doméstico atento à inflação de maio e ao resultado das vendas no varejo em abril.

   “O dado pode trazer uma sinalização importante sobre a influência do pagamento da nova rodada do auxílio emergencial”, diz, acrescentando que a tendência é de dólar em queda. Porém, após a sequência de perdas, são esperados movimentos de correção na próxima semana. “Atenção também aos movimentos do Congresso e das pautas das reformas”, reforça.

    As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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