Porto Alegre, 04 de junho de 2021 – A colheita de café da safra brasileira 2021/22 vai andando tanto para o conilon quanto para o arábica, mas mantém um ritmo atrasado, ainda que não seja um grande atraso, em relação ao ano passado e à média para o período. A colheita estava em 20% até o dia 01 de junho, segundo levantamento semanal de SAFRAS & Mercado para a evolução da colheita da safra. Na semana anterior, a colheita estava em 17%.
Tomando por base a estimativa de SAFRAS para a produção de café do Brasil em 2021/22, de 56,5 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 11,41 milhões de sacas até o dia 01 de junho.
A colheita está um pouco atrasada em relação ao ano passado, quando 23% da safra estava colhida neste período. Os trabalhos também estão atrasados frente à média dos últimos 5 anos, que é de 23%.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os trabalhos de colheita seguem atrasados, apesar da melhora no ritmo do conilon. “Arábica continua cadenciado, com produtor preferindo esperar um pouco mais para entrar na lavoura”, comenta Barabach.
A colheita de arábica está em 13% do potencial da safra, contra 17% em igual época do ano passado e 18% da média histórica para o período. “Embora alguns produtores tenham antecipado o início da colheita, a despeito do percentual alto de verde, a maioria prefere aguardar um percentual maior de frutos maduros”, avalia Barabach.
Ele diz que o volume de café beneficiado ainda é pequeno, o que continua dificultando uma melhor avaliação do perfil de qualidade da safra e dos efeitos da estiagem sobre a granação. Em linhas gerais, os primeiros lotes apresentam boa formação e boa qualidade da bebida, pondera.
Os trabalhos com conilon alcançam 31% do potencial da safra. E embora tenham avançado 5 pontos percentuais em relação à semana anterior, ainda assim, continuam abaixo de 37% de igual período do ano passado e aquém dos 38% de média dos últimos 5 anos.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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