Preços do suíno reagem um pouco, refletindo melhora no consumo

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     Porto Alegre, 4 de junho de 2021 – O mercado brasileiro de suínos apresentou sinais de melhora no consumo na primeira semana de junho, fator que contribuiu para que o movimento de queda nos preços nos estados perdesse intensidade nos últimos dias, trazendo reações aos preços do quilo vivo e dos cortes vendidos no atacado.

     Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o ambiente de negócios esteve truncado, com granjeiros tentando correções nos preços, mas com os frigoríficos cautelosos nas tratativas. “As expectativas passam agora para o comportamento da demanda na quinzena, com a entrada da massa salarial na economia”, projeta.

     Maia ressalta que os suinocultores seguem trabalhando com margens comprimidas e perspectivas pouco otimistas para o curto prazo. “Além dos preços baixos do suíno, o setor voltou a ter preocupações com os custos, uma vez que o milho ensaia um novo movimento de alta, com a retração das ofertas por parte dos produtores”, pontua.

     Levantamento semanal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 2,90%, de R$ 5,45 para R$ 5,61. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 0,12% no decorrer da semana, de R$ 11,60 para R$ 11,61. A carcaça registrou um valor médio de R$ 8,64, retração de 1,77% frente à semana passada, quando era cotada a R$ 8,49.

     Maia afirma que a exportação apresentou bons números em maio, mas segue incapaz de alavancar os preços internos.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 238,144 milhões em maio (21 dias úteis), com média diária de US$ 11,340 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 91,386 mil toneladas, com média diária de 4,351 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.605,90.

     Em relação a maio de 2020, houve alta de 5,40% no valor médio diário da exportação, perda de 4,06% na quantidade média diária exportada e valorização de 9,87% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior. “Com os embarques de cortes industrializados, a serem divulgados nos próximos dias, o mês deve fechar com volumes levemente superiores a 100 mil toneladas”, projeta.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 100,00 para R$ 110,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 5,65 para R$ 5,60. No interior do estado a cotação se manteve em R$ 5,60.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração retrocedeu de R$ 5,90 para R$ 5,70. No interior catarinense, a cotação seguiu em R$ 5,40. No Paraná o quilo vivo continuou em R$ 5,34 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo aumentou de R$ 5,60 para R$ 5,65.

     No Mato Grosso do Sul a cotação em Campo Grande mudou de R$ 5,10 para R$ 5,00, enquanto na integração o preço retrocedeu de R$ 5,70 para R$ 5,50. Em Goiânia, o preço passou de R$ 5,20 para R$ 6,10. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno mudou de R$ 5,50 para R$ 6,50. No mercado independente mineiro, o preço aumentou de R$ 5,50 para R$ 6,60. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis baixou de R$ 5,00 para R$ 4,95. Já na integração do estado o quilo vivo mudou de R$ 5,70 para R$ 5,50.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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