Mercado de algodão tem liquidez reduzida e aumento de spread em maio

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     Porto Alegre, 28 de maio de 2021 – O mercado brasileiro de algodão vai encerrando o mês de maio com liquidez restrita. “Os lotes remanescentes da safra velha são cada vez mais raros”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento. Os produtores, capitalizados pela venda de grãos, seguem aproveitando momentos atrativos para registros de negócios de safras futuras. “Já os compradores adquirem apenas para atender necessidades imediatas”, completa.

     Apesar da queda expressiva do dólar em relação ao real, as cotações do algodão no mercado doméstico apresentaram leve alta nesta quinta-feira, dia 27. No polo industrial paulista, a fibra fechou cotada a R$ 5,10 por libra-peso, (+0,09%). No acumulado em relação ao mesmo período do mês e do ano passado, conta com perdas de 0,9% e ganhos de 89,1%, respectivamente.

     No FOB exportação do porto de Santos/SP, o produto brasileiro fechou o dia 27 indicado a 95,14 centavos de dólar por libra-peso, subindo 0,4% em relação ao fechamento anterior. Ante ao contrato julho/21 da Ice Futures, a pluma brasileira encerrou cotada a um valor 15,2% superior. Há um mês, era 2,9% mais elevada.

     Para Bento, a tendência é que as cotações no Brasil sigam acima da paridade de exportação até o momento em que os lotes da safra nova ingressem no mercado. “A colheita já iniciou no Paraná e nos estados do Sudeste do país, mas ainda muito distante de ser suficiente para equilibrar o quadro de abastecimento”, lembra. “A colheita nos grandes produtores deve entrar com mais força entre junho e julho e atenderão primeiro os contratos antecipados”, acrescenta.

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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