Preços do boi gordo seguem firmes apesar de avanço nos níveis de oferta

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     Porto Alegre, 16 de abril de 2021 – O mercado físico de boi gordo se manteve com preços firmes ao longo da semana nas principais praças de produção e comercialização do país. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os preços do boi gordo se mantiveram firmes apesar da melhor fluidez dos negócios durante a semana. “Os frigoríficos até tentaram exercer pressão, mas não houve grande aderência dos pecuaristas em realizar negociações a patamares mais baixos. De qualquer maneira, o volume de animais ofertado não cresceu a ponto de mudar drasticamente a curva de preços”, disse ele.

     A expectativa ainda é de maior disponibilidade de boiadas durante o mês de maio, pois as pastagens já apresentam sinais de desgaste em muitos estados, reduzindo a capacidade de retenção.

    Do ponto de vista da demanda doméstica de carne bovina, o saldo foi bastante positivo ao longo da primeira quinzena do mês, com um movimento de alta consistente no atacado, com destaque para o corte dianteiro e para a ponta de agulha. “Somado a isso, precisa ser citado o bom desempenho das exportações, com o câmbio oferecendo elevada competitividade à carne bovina brasileira. A China segue como relevante diferencial, absorvendo bons volumes de carne brasileira”, assinalou Iglesias.

     No mercado atacadista, os preços da carne bovina subiram na semana. “A nova rodada do auxílio emergencial cumpre um papel relevante, fomentando o consumo de produtos básicos. A principal concorrente para a carne bovina ainda é a carne de frango, a mais acessível dentre as proteínas de origem animal, que conta com a predileção do consumidor médio em um momento de dificuldades macroeconômicas“, assinalou Iglesias.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 15 de abril:

* São Paulo (Capital) – R$ 318,00 a arroba, contra R$ 320,00 a arroba na comparação com 08 de abril (-0,62%).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 313,00 a arroba, estável.

* Goiânia (Goiás) – R$ 305,00 a arroba, contra R$ 300,00 (+1,67%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 307,00 a arroba, estável.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 312,00 a arroba, contra R$ 310,00 a arroba (+0,65%).

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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