Trigo é pouco negociado no Brasil e agentes observam oferta global

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Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2021 – Em semana reduzida, em virtude do feriado de Carnaval, o mercado brasileiro de trigo teve movimentação ainda menor nos últimos dias. As atenções voltam-se à oferta internacional.

Na Argentina, após a quebra de safra, o governo pensa em restringir as exportações para assegurar o abastecimento interno e conter o avanço da inflação. Nos Estados Unidos, o clima desfavorável ameaça a safra do país, que é um dos principais fornecedores globais.

O ritmo de negócios com trigo segue lento no Brasil, com a indústria bem abastecida e o foco dos agentes nas safras de verão. O analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro chama a atenção para a menor oferta interna. A força do dólar em relação ao real encarece o trigo importado e dificulta a aquisição do grão.

Fórum USDA

A produção de trigo dos Estados Unidos em 2021/22 deverá totalizar 1,827 bilhão de bushels. A estimativa faz parte do quadro de oferta e demanda, divulgado hoje, durante o Fórum Anual do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No ano anterior, a safra americana somou 1,826 bilhão de bushels. O mercado projetava produção de 1,879 bilhão.

A área plantada em 21/22 é estimada em 45 milhões de acres, contra 44,3 milhões em 2020/21. O mercado apostava em 45,5 milhões.

Para os estoques norte-americanos ao final de 2021/22, o USDA projeta 698 milhões de bushels, abaixo dos 836 estimados para 2020/21 e dos 740 milhões de bushels esperados pelo mercado antes da divulgação. As exportações de trigo dos EUA devem cair de 985 milhões de bushels em 20/21 para 925 milhões em 21/22.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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