Preços iniciam 2021 em forte alta no Brasil e em Chicago

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     Porto Alegre, 8 de janeiro de 2021 Na primeira semana do ano, os preços da soja reagiram no mercado físico brasileiro, acompanhando a forte valorização dos contratos futuros em Chicago e do câmbio favorável. A movimentação melhorou, mas seguiu moderada, com os produtores atentos ao desenvolvimento das lavouras e o início da colheita, em meio às preocupações com a falta de chuvas.

     A saca de 60 quilos em Cascavel, no Paraná, subiu de R$ 145,00 no final do ano passado para R$ 159,00 na quinta, dia 7. Na máxima do período chegou a atingir R$ 160,00.

     A elevação acompanhou a forte valorização dos contratos em Chicago, que atingiu o maior patamar em seis anos e meio. Na manhã da sexta, a posição março era cotada a US$ 13,72, acumulando uma valorização de 4,61% neste início de ano.

     O bom desempenho de Chicago é reflexo do clima seco na América do Sul, da boa demanda pela soja americana e pela expectativa de corte na oferta global. A alta do petróleo ajudou ainda mais aos fundos e especuladores a adotarem uma postura agressiva.

     Comercialização

     A comercialização da safra 2020/21 de soja do Brasil envolve 57,7% da produção projetada, conforme relatório de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 8 de janeiro. No relatório anterior, com dados de 4 de dezembro, o número era de 56,5%.

     Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 43,1% e a média para o período é de 38,6%. Levando-se em conta uma safra estimada em 132,498 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 76,381 milhões de toneladas.

     As negociações pouco evoluíram em dezembro, mas seguem bem acima da média. Os produtores aproveitaram os bons preços praticados ao longo do ano passado e adiantaram as vendas antecipadas.

     A venda para 2019/20 subiu de 98,9% no início de novembro para 99,9%. A comercialização está acelerada na comparação com o ano anterior, quando o índice era de 98,5%, e também supera a média normal para o período, de 97,3%.

     Com a safra projetada em 125,619 milhões de toneladas, o total já negociado por parte dos produtores chega a 125,433 milhões de toneladas.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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