Clima sul-americano, fundos e petróleo impulsionam soja em Chicago

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     Porto Alegre, 5 de janeiro de 2021 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em forte alta, pouco abaixo das máximas do dia. Os níveis de hoje são os maiores em mais de seis anos e meio, mesmo com a redução dos ganhos na parte final da sessão.

     Uma série de fatores contribuiu para a disparada dos preços, resultado da forte presença de fundos e especuladores na ponta vendedora. A preocupação com o clima na América do Sul foi o gatilho para as altas, que persistiram desde o início da sessão.

     O clima seco no Brasil e na Argentina deve atrasar a colheita e a entrada da safra sul-americana no mercado. Além disso, a estiagem pode determinar a redução no potencial produtivo, apertando ainda mais os estoques globais da     oleaginosa.

     Com isso, a demanda pela soja americana por parte da China deve continuar firme no curto prazo. O dólar em baixa frente a outras moedas dá mais competitividade para o produto americano.

     Completando o cenário favorável às cotações, o petróleo subiu mais de 5% no dia, carregando as commodities agrícolas. O bom desempenho do petróleo foi o pretexto que os fundos precisavam para carregar ainda mais nas compras.

     Os agentes começam também a se posicionar frente ao relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado no dia 12. O sentimento é de um aperto ainda maior nas previsões para os estoques de passagem, tanto dos EUA como mundiais.

     Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 34,00 centavos de dólar por libra-peso ou 2,58% a US$ 13,47 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 13,46 1/4 por bushel, com perda de 35,00 centavos ou 2,66%.

     Nos subprodutos, a posição março do farelo subiu US$ 8,10 ou 1,91% a US$ 431,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 43,60 centavos de dólar, alta de 1,47 centavo ou 3,48%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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