Tomada de recursos no atual Plano Safra supera todo ano passado, diz diretor do Mapa

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Porto Alegre, 1o de dezembro de 2020 – A tomada de recursos do Plano Safra 2020/21, entre julho e outubro, já superou o que se observou ao longo de todo o ano passado. Segundo o diretor do departamento de crédito e informação do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz Araújo, os recursos foram usados na compra de máquinas, financiamento para irrigação, boas práticas agropecuárias climáticas etc.

O diretor observou que o agronegócio “não parou”, mesmo com a pandemia de coronavírus neste ano. “Foi um grande teste para o setor. O agro passou relativamente à margem das dificuldades que tiveram outros setores. O comportamento dos preços e a forte demanda por produtos agrícolas dá o indicativo de que a produção seguirá crescendo”, disse.

As projeções do Mapa indicam que a produção agrícola brasileira pode alcançar até 360 milhões de toneladas em 2029/30. Com a tendência de aumento do consumo de alimentos, Araújo ressalta que o Mapa trabalha para fortalecer ações de pesquisa e de questões sanitárias. “O mercado está cada vez mais exigente”, observou.

Ele destacou os avanços significativos nas práticas agrícolas no Brasil nos últimos vinte anos. “Ainda trabalhamos fortemente no que precisa ser melhorado. Quem viaja pelo país percebe que a agricultura está cada vez mais no caminho do que está sendo demandado. Atualmente, os programas de incentivo são poupadores de área e estimulam o incremento de produtividade nas unidades de produção. Há, também, espaço legal para crescimento de área. As tecnologias nos permitem expandir gradativamente, com responsabilidade e harmonia com o meio ambiente”, disse.

Sobre o papel do Ministério, o diretor disse que o Estado está “antenado” às políticas públicas, com exigências e eventuais correções de rumo que possam ser demandadas. “Nossa trajetória é segura. Do ponto de vista da oferta, temos toda capacidade de crescer. A ministra [Tereza Cristina] tem profundo conhecimento e habilidade ímpar para conduzir os processos de negociação”, ele considera que a construção entre os setores público e privado é bastante transparente e que o cenário para o futuro é “bastante positivo”.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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