Preços do frango sobem no atacado, com consumo interno aquecido

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     Porto Alegre, 23 de outubro de 2020 – O mercado brasileiro de frango voltou a se deparar com reajustes nos preços no atacado, em meio ao consumo interno aquecido. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, as altas foram pontuais na semana e devem ser mais pujantes no decorrer da primeira quinzena de novembro, período que conta com maior apelo ao consumo, motivando a reposição entre o atacado e o varejo.

     No mercado de frango vivo, os preços se mantiveram firmes, mas não chegou a haver reajustes, mesmo com os custos de produção animal voltando a mostrar elevações na semana. “Os produtores seguem muito preocupados com o comportamento de preços do farelo de soja e, mais recentemente, do milho, o que resulta na inflação das cotações de produtos substitutos, a exemplo das farinhas de origem animal, DDG´s e sorgo”, sinaliza Iglesias.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas mudanças para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 6,60, o quilo da coxa passou R$ 7,30 para R$ 7,35 e o quilo da asa de R$ 13,70 para R$ 13,85. Na distribuição, o quilo do peito continuou em R$ 6,80, o quilo da coxa subiu de R$ 7,50 para R$ 7,55 e o quilo da asa de R$ 13,90 para R$ 13,95.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alterações nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 6,70, o quilo da coxa avançou de R$ 7,40 para R$ 7,45 e o quilo da asa de R$ 13,80 para R$ 13,95. Na distribuição, o preço do quilo do peito se manteve em R$ 6,90, o quilo da coxa aumentou de R$ 7,60 para R$ 7,65 e o quilo da asa de R$ 14,00 para R$ 14,05.

     Para Iglesias, as exportações de carne de frango continuam em bom nível e a tendência é de que o resultado do último bimestre seja satisfatório. Os embarques de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 234,157 milhões em outubro (11 dias úteis), com média diária de US$ 21,287 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 172,405 mil toneladas, com média diária de 15,673 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.358,20.

     Na comparação com outubro de 2019, houve baixa de 12,00% no valor médio diário, ganho de 3,04% na quantidade média diária e retração de 14,60% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,30. Em São Paulo o quilo vivo continuou em R$ 4,25.

     Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 3,80. No oeste do Paraná o preço na integração se manteve em R$ 4,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 4,00.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 4,10. Em Goiás o quilo vivo prosseguiu em R$ 4,10. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 4,20.

     Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 4,75. No Ceará a cotação do quilo permaneceu em R$ 4,75 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 4,80.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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