Exportação de carne suína do Brasil segue em ritmo surpreendente – Rabobank

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     Porto Alegre, 23 de outubro de 2020 – As exportações brasileiras de carne suína continuam em um ritmo surpreendente, com volumes embarcados em 857 mil toneladas, aumento de 44% até setembro na comparação com o mesmo período do ano passado e de 52% no valor, na mesma comparação, de acordo com o Rabobank, que divulgou boletim relativo ao quarto trimestre de 2020. Em apenas nove meses as exportações bateram novo recorde anual e superaram o total embarcado em 2019.

     A China continua sendo o principal importador, representando 50% das vendas e registrando um aumento de 139% no volume. Hong Kong (17% das exportações) e Cingapura (6% do total) também registraram ganhos consideráveis, assim como o Vietnã (4% do total), que mais do que dobrou as importações no último ano. Os valores de exportação também estão aumentando, já que os preços médios dos embarques para a China se recuperaram em agosto, após queda nos meses anteriores.

     As fortes exportações ajudaram a impulsionar um aumento de 72% nos preços dos suínos vivos brasileiros e uma elevação de 69% nos valores da carne suína.

     A produção de carne suína no primeiro semestre de 2020 aumentou 7% em relação ao mesmo período do ano passado, embora se esperem condições mais difíceis nos próximos meses. O Rabobank projeta atualmente um salto de 4,5% na produção de 2020 sobre o ano anterior e um aumento recorde de 32% nas exportações. 

     Para o Rabobank, o apoio contínuo do governo à indústria ajudou a estabilizar a produção, mas os suprimentos de suínos prontos para abate permanecem limitados. Níveis mais baixos de apoio financeiro às famílias, a partir de setembro, têm moderado os preços de mercado, sugerindo que mais vantagens aos mercados de animais vivos e no atacado serão limitados.

     Os produtores também enfrentam custos de alimentação mais elevados no médio prazo, com preços 40% mais altos de em setembro. Embora a maioria dos grandes produtores já tenha assegurado suas necessidades de alimentação para o equilíbrio do ano, estoques mais baixos e um risco maior de uma safra decepcionante, dado os padrões climáticos de La Niña, continuam sendo um potencial evento contrário para as expectativas de produção. As informações partem do Rabobank.

     Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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