Produtor retém oferta e preços do milho devem seguir firmes no Brasil

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     Porto Alegre, 15 de outubro de 2020 – O mercado brasileiro de milho deve registrar preços firmes nesta quinta-feira, diante da retenção de oferta por parte dos produtores. A alta do dólar frente ao real pode favorecer uma maior movimentação de negócios nos portos. No cenário internacional a Bolsa de Mercadorias de Chicago tem perdas, refletindo o andamento da colheita nos Estados Unidos.

     Ontem (14), o mercado brasileiro de milho teve mais um dia de preços firmes, de estáveis a mais altos. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, de maneira geral persiste no mercado a estratégia de retenção por parte dos produtores. “O ritmo de embarques segue bastante positivo, e o risco climático permanece presente na decisão de venda. A movimentação cambial no decorrer da quarta-feira foi mais uma vez errática, com o real desvalorizado próximo ao fechamento da sessão”, comentou.

     No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 69,00/72,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 68,50/71,00 a saca.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 65,00/68,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 69,00/71,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 72,00/74,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 70,00/72,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 64,00/66,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 61,00 – R$ 65,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 58,00/60,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* A posição dezembro opera com baixa de 1,75 centavo, ou 0,44%, cotada a US$ 3,89 1/2 por bushel.

* O mercado é pressionado pela entrada da safra norte-americana. A retração do petróleo e dos demais mercados inflacionários, em meio a um sentimento de menor aversão ao risco, também influenciam negativamente.

* Fundos estão saindo das commodities e procurando opções mais seguras, como o dólar. O petróleo sente isso e contamina os demais mercados. Esse cenário é bancado pela preocupação com o coronavírus na Europa e a falta de acordo de auxílio nos EUA.

* Ontem (14), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 3,96 1/2, com alta de 5,25 centavos, ou 1,34%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com alta de 0,49% neste momento, cotado a R$ 5,6310.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,26%. Tóquio, -0,51%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -2,24%; Frankfurt, -2,71%; Londres, -2,12%.

* O petróleo opera com perdas. Novembro do WTI em NY: US$ 39,65 o barril (-3,33%).

* O Dollar Index registra alta de 0,38%, a 93,74 pontos.

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12hs pelo Departamento de Energia (DoE).

– Esmagamento de soja dos Estados Unidos em setembro – NOPA, 13hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Levantamento mensal sobre as lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Estoques de café dos EUA em setembro – GCA, 16hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (16/10)

– Eurozona:  A balança comercial de agosto será publicada às 6h pela Eurostat.

– A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga às 8h os dados do Indice Geral de Preços – 10 (IGP-10) referentes a outubro.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– EUA: Os dados sobre a produção industrial em setembro serão publicados às 10h15 pelo Federal Reserve.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Levantamento sobre a evoluções do plantio de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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