Perspectivas permanecem cercadas de alta incerteza – ata do BCE

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     Porto Alegre, 8 de outubro de 2020 – De acordo com ata da reunião mais recente do Conselho do BCE, realizada nos dias 9 e 10 de setembro, a inflação tem estado persistentemente abaixo dos níveis consistentes com a meta do BCE e as expectativas de inflação permaneceram perto dos seus mínimos históricos”.

     Assim, o Conselho vai monitorar os dados recebidos de perto, bem como suas implicações para a economia e inflação, e “está pronto para ajustar todos os instrumentos, conforme o caso, para que a inflação caminhasse em direção à meta de forma sustentada, em linha com o compromisso com a simetria”.

     Segundo a ata, “a perspectiva permaneceu cercada de grande incerteza e o balanço de riscos continuou inclinado para o lado negativo”. As incertezas devido à pandemia pesam no consumo, e devem manter as poupanças das famílias elevadas por algum tempo.

     Já a situação no mercado de trabalho pode levar a pressões salariais mais fracas ao longo do tempo, levando ao argumento de que as projeções de taxa de inflação em 1,3% em 2022 podem ser consideradas otimistas. Assim, um amplo apoio de política monetária permanece necessário.

     Os membros destacaram que informações adicionais ajudarão a definir a direção da política monetária nos próximos meses. “Isso incluiu o rastreamento da dinâmica subjacente à pandemia, a evolução das negociações sobre os arranjos da transição pós-Brexit e as decisões sobre os planos fiscais”.

     Com relação à pandemia, os membros afirmaram que muitos países passam por novos surtos. “Em algumas partes da zona do euro, o ressurgimento do vírus foi avaliado como afetando a recuperação e a probabilidade de outros países terem novos surtos foi considerada muito elevada”. Segundo a ata, levará tempo para que uma vacina se torne disponível e até lá as preocupações com a economia permanecerão.

     No que diz respeito à volatilidade recente da taxa de câmbio do euro, “foi sugerido que era o ritmo de apreciação do euro, e não o nível da taxa de câmbio, que poderia se tornar uma preocupação”. No estágio atual, porém, “não ficou claro o quão persistentes seriam os movimentos recentes”.

     Por fim, de acordo com os membros, “existe um amplo consenso de que uma orientação fiscal ambiciosa e coordenada continua a ser crítica, tendo em conta a forte contração da economia da zona do euro”.

     Na reunião de setembro, o BCE manteve suas principais taxas de juros e seus programas de compra de ativos inalterados. As informações são da Agência CMA.

     Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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