Cenário financeiro acelera realização e soja cai cerca de 2% em Chicago

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     Porto Alegre, 21 de setembro de 2020 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em baixa acentuada. A aversão ao risco no mercado financeiro internacional se estendeu às commodities e acelerou o esperado movimento de realização de lucros para a oleaginosa.

     As preocupações com o retorno do coronavírus na Europa traz dúvidas sobre a recuperação da economia global. O petróleo despencou, assim como as bolsas de valores. Os investidores buscam opções mais seguras, como o dólar, e se desfazem das suas posições em commodities. O dia foi de perdas generalizada no mercado agrícola futuro.

     A soja recebeu pressão adicional do início da colheita nos Estados Unidos, com clima favorecendo os trabalhos. O Departamento de Agricultura americano divulga hoje o primeiro quadro sobre a evolução da colheita de soja e a aposta do mercado é de número de 5%.

     O cenário financeiro propiciou a correção técnica, mesmo que a demanda pela oleaginosa americana permaneça firme e tenha limitado uma queda ainda mais acentuada. Hoje o USDA anunciou vendas de 132 mil toneladas para a China, o mesmo volume para o Paquistão e 171 mil toneladas para destinos não revelados por parte de exportadores privados. Foi o décimo dia seguido de vendas.

     As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.310.854 toneladas na semana encerrada no dia 17 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas esperavam o número em 1,29 milhão de toneladas.

     Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 21,00 centavos ou 2,01% em relação ao fechamento anterior, a US$ 10,22 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,27 1/2 por bushel, com perda de 19,75 centavos ou 1,88%.

     Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 4,00 ou 1,16% a US$ 338,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 34,20 centavos de dólar, baixa de 0,86 centavo ou 2,44%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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