Soja tem semana de lentidão no Brasil, mas preço dispara em Chicago

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     Porto Alegre, 11 de setembro de 2020 A semana foi marcada por preços nominais em patamares firmes e com comportamento regionalizado. Com a falta de produto e com a postura mais retraída dos compradores, o ritmo dos negócios diminuiu ainda mais.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 140,00 para R$ 139,00 na semana, no mercado disponível. No Porto de Paranaguá, a cotação baixou de R$ 136,00 para R$ 135,00. O comportamento das cotações foi semelhante nas demais regiões produtoras, com pequena variação, tanto para cima como para baixo.

     Na Bolsa de Mercadorias de Chicago, os contratos atingiram os melhores níveis desde junho de 2018 no gráfico contínuo. Na semana, a alta ficou em 1% na posição novembro, que encerrou a quinta na casa de US$ 9,77 ½ por bushel.

     O mercado futuro internacional está sendo impulsionado por dois fatores: os problemas climáticos nos Estados Unidos e a demanda firme pela oleaginosa norte-americana. Foram 12 altas seguidas até o movimento de realização da quinta. E o cenário segue indicando ganhos, com possibilidade do mercado testar níveis de US$ 10.

     Os prêmios de exportação recuaram um pouco no início da semana e se estabilizaram na faixa de 170 a 190 pontos acima de Chicago para outubro em Paranaguá. O dólar acumulou perdas na semana, se situando abaixo de R$ 5,30, seguindo o comportamento externo.

     Conab

     A produção brasileira de soja deverá totalizar 124,844 milhões de toneladas na temporada 2019/20, com aumento de 4,3% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 119,718 milhões de toneladas. A projeção faz parte do décimo segundo e último levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

     Na comparação com a estimativa anterior, houve alta de 3,2%. A Conab indicava em agosto safra de 120,939 milhões de toneladas. A Conab trabalha com uma área de 36,949 milhões de hectares, com elevação de 3% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 35,874 milhões de hectares. A produtividade teve sua previsão elevada de 3.337 quilos para 3.379 quilos por hectare.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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