Mercado suíno sinaliza recuperação, com abrandamento da quarentena

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     Porto Alegre, 12 de junho de 2020 – O mercado brasileiro de carne suína apresentou ligeira recuperação em termos de demanda, com o abrandamento da quarentena em parte do Brasil, o que gera uma expectativa positiva para as vendas nas próximas semanas.

     “A retomada das atividades deve ocorrer de forma gradual, muito embora seja preciso dizer que a demanda não retornará ao patamar registrado ao período anterior ao da pandemia, diante da deterioração da renda das famílias pelo aumento do desemprego” sinaliza o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

     Maia afirma que um alto fluxo de exportação e uma produção controlada serão fundamentais para uma retomada dos preços no mercado doméstico daqui para frente. “Em maio o volume embarcado foi positivo, atingindo 100,4 mil toneladas, das quais 53,47 mil toneladas para a China, segundo dados consolidados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex)”, destaca.

     Levantamento semanal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil passou de R$ 4,27 para R$ 4,33, alta de 1,39%. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu 0,42%, de R$ 8,49 para R$ 8,52. A carcaça registrou um valor médio de R$ 6,89, alta de 1,91% frente aos R$ 6,81 registrados na semana anterior.

     As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 33,748 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 6,749 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 15,277 mil toneladas, com média diária de 3,045 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.216,30.

     Na comparação com junho de 2019, houve recuo de 1,14% no valor médio diário exportado, ganho de 2,30% na quantidade média diária e retração de 3,37% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 88,00 para R$ 90,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 4,10. No interior do estado a cotação subiu de R$ 4,15 para R$ 4,25.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração se manteve em R$ 4,20. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 4,30 para R$ 4,35. No Paraná o quilo vivo permaneceu em R$ 4,10 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo aumentou de R$ 4,10 para R$ 4,15.

     No Mato Grosso do Sul a cotação na integração permaneceu em R$ 4,10, enquanto em Campo Grande o preço subiu de R$ 4,10 para R$ 4,15. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 4,80 para R$ 4,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 5,10 para R$ 5,30. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 4,95 para R$ 5,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado continuou em R$ 3,80. Já em Rondonópolis a cotação prosseguiu em R$ 3,90.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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