Bom volume exportado garante sustentação aos preços do frango

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     Porto Alegre, 22 de maio de 2020 – O mercado brasileiro de carne de frango registrou mais uma semana de preços acomodados, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, há expectativa de alguma reação nas cotações no curto prazo, com a virada de mês, a partir de uma retomada mais efetiva do consumo, que se mostrou mais fraco ao longo da semana.

     O analista alerta que os custos de nutrição animal ainda seguem como um fator de preocupação, avaliando o recente comportamento de alta dos preços do milho e do farelo de soja no mercado doméstico. “A boa notícia, neste momento, é que as exportações de carne de frango seguem em ótimo nível, impulsionadas pela China, que segue muito atuante no mercado internacional”, afirma.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram poucas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 4,40, o quilo da coxa baixou de R$ 4,60 para R$ 4,50 e o quilo da asa seguiu em R$ 7,00. Na distribuição, o quilo do peito permaneceu em R$ 4,50, o quilo da coxa recuou de R$ 4,80 para R$ 4,70 e o quilo da asa seguiu em R$ 7,20.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças mínimas nos preços ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 4,50, o quilo da coxa caiu de R$ 4,70 para R$ 4,60 e o quilo da asa se manteve em R$ 7,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 4,60, o quilo da coxa baixou de R$ 4,90 para R$ 4,80 e o quilo da asa permaneceu em R$ 7,30.

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 277,229 milhões em maio (10 dias úteis), com média diária de US$ 27,722 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 201,989 mil toneladas, com média diária de 20,198 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.372,50.

    Na comparação com maio de 2019, houve aumento de 0,59% no valor médio diário, alta de 24,48% na quantidade média diária e baixa de 19,19% no preço médio.

    Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 2,90. Em São Paulo o quilo vivo continuou em R$ 2,80.

     Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 2,60. No oeste do Paraná o preço na integração seguiu em R$ 3,20. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo permaneceu em R$ 2,90.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 2,85. Em Goiás o quilo vivo se manteve em R$ 2,85. No Distrito Federal o quilo vivo continuou em R$ 2,90.

     Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 4,40. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,30 e, no Pará, o quilo vivo permaneceu em R$ 4,45.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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