Movimento de negócios cai um pouco, mas preço do suíno avança

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     Porto Alegre, 22 de maio de 2020 – Os negócios evoluíram de maneira mais calma para o mercado suíno na semana. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, ainda há uma certa cautela em meio às incertezas geradas pela Covid-19. “Atividades chave, como restaurantes, shoppings e outros estabelecimentos não retomaram as atividades de maneira plena em grande parte do país, o que é um fator negativo para o escoamento da carne”, explica.

     Para Maia, o escoamento da carne suína no mercado doméstico tende a ser mais fraco nos próximos dias, à medida que as famílias ficam menos capitalizadas. Por outro lado, as exportações estão aceleradas em maio, ajudando a enxugar parte do excedente de oferta, fator que tem ajudado na sustentação dos preços internos.

     Levantamento semanal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil passou de R$ 4,10 para R$ 4,23, alta de 3,18%. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu 1,90%, de R$ 8,26 para R$ 8,42. A carcaça registrou um valor médio de R$ 6,78, aumento de 4,33% ante os R$ 6,49 praticados no fechamento da semana passada.

     As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 120,623 milhões em maio (10 dias úteis), com média diária de US$ 12,062 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 50,509 mil toneladas, com média diária de 5,051 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.388,10.

     Na comparação com maio de 2019, houve aumento de 98,19% no valor médio diário exportado, ganho de 87,70% na quantidade média diária e elevação de 5,59% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 86,00 para R$ 90,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 4,10. No interior do estado a cotação passou de R$ 4,05 para R$ 4,15.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração seguiu em R$ 4,20. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 4,10 para R$ 4,25. No Paraná o quilo vivo aumentou de R$ 3,80 para R$ 4,00 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo subiu de R$ 4,00 para R$ 4,10.

     No Mato Grosso do Sul a cotação na integração permaneceu em R$ 4,10, enquanto em Campo Grande o preço subiu de R$ 3,70 para R$ 4,10. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 4,60 para R$ 4,70. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno seguiu em R$ 5,00. No mercado independente mineiro, o preço aumentou de R$ 4,80 para R$ 4,95. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado avançou de R$ 3,70 para R$ 3,80. Já em Rondonópolis a cotação passou de R$ 3,65 para R$ 3,90.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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